Assédio Eleitoral é crime
09/03/2023
As eleições acabaram e prevaleceu a vontade da maioria, contudo, alguns maus patrões insistem em cometer o crime de assédio eleitoral. Prática repugnante e que afronta, claramente, a democracia do nosso país.
Foi o que entendeu o Ministério Público do Trabalho (MPT), que recebeu a denúncia e solicitou que o Sindicato dos Comerciários de São Paulo averiguasse se estava havendo prática de assédio eleitoral na empresa Cambuci Metalúrgica.
Com houve a comprovação do fato, o MPT fez com que a empresa assinasse um Termo de Compromisso de Ajustamento de Contas, que obriga os representantes da empregadora a não induzir, em eleições futuras, seus colaboradores a votarem em partidos ou candidatos que tenham simpatia da empresa, estipula multa por cláusula descumprida.
Relembre o caso
Em 28 de outubro, o Sindicato, representado pelos diretores Marinaldo Medeiros e Josimar Andrade, esteve com os trabalhadores (as) do Grupo Cambuci, averiguando denuncia de assédio eleitoral.
O encontro aconteceu a pedido do departamento jurídico do
Sindicato, que recebeu denúncia de assédio eleitoral praticada pelos sócios e
pelos filhos dos donos da empresa.
Segundo a informação que chegou ao Sindicato, na época havia
ameaça inclusive de demissão dos empregados (as) que votassem em Lula.
Na ocasião, rememorou Josimar Andrade, um representante da
empresa se enrolou na bandeira do Brasil, como se aquilo fosse um sinal de
intimidação. “A Bandeira que ele usou para tentar me intimidar é tão minha
quanto dele, pois sou tão brasileiro quanto ele, mas deturparam tanto os
símbolos da nossa nação, que o Hino Nacional passou a ser tocado repetidamente
como um mantra, naqueles acampamentos golpistas e a nossa bandeira passou a ser
usada como um sinal para afastar quem não faz parte dessa corrente doentia”,
explicou o diretor.