Demanda por voos internacionais cai em março após 2 anos em alta

28/04/2016

A demanda de passageiros por voos internacionais das companhias aéreas brasileiras recuou 0,68% em março, encerrando um ciclo de 24 meses de crescimento, informou a entidade que representa o setor, Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), nesta terça-feira.

 

A oferta, enquanto isso, baixou 3,49%, levando a aumento de 2,22% da taxa de ocupação do segmento, que agora soma 78,37%.

 

Embora a demanda por voos domésticos já viesse recuando há meses, a procura por voos internacionais operados por empresas brasileiras ainda avançava devido ao início de novas operações, como a da Azul para os Estados Unidos, e ajustes de frotas.

 

Em fevereiro, houve avanço de 5,43% da demanda internacional ante um ano antes. Contudo, segundo a Abear, esse cenário tem mudado.

 

"Desde meados de 2015, entretanto, tais variações já mostravam desaceleração gradativa. Os resultados presentes indicam um esgotamento dos esforços competitivos", disse a Abear.

 

A Gol, por exemplo, suspendeu em fevereiro suas operações regulares para Miami e Orlando (EUA), Caracas (Venezuela) e Aruba. A Azul suspendeu planos de nova rota para Nova York e não tem previsão de começá-la neste ano.

 

Segundo a Abear, a TAM, do grupo Latam Airlines, ficou com 79,5% do mercado em março, ante 77,68% um ano antes, seguida por Gol, com 13,55%, frente 14,86%. A Azul teve 6,9%, contra 7,4%, e Avianca passou de 0,06 para 0,05%.

 

As aéreas domésticas têm 27% do mercado de voos internacionais do país. O restante é detido por estrangeiras.

 

Mercado doméstico

 

A demanda por voos domésticos recuou em março pelo oitavo mês consecutivo, com baixa de 7,3% sobre o mesmo mês de 2015, disse a Abear.

 

A oferta recuou em ritmo ainda maior: 7,5% na comparação anual. Isso elevou ligeiramente a taxa de ocupação dos voos domésticos em 0,2%, somando 77,63%.

 

A TAM teve 37,2% do mercado, contra 37,9% um ano antes, seguida por Gol, com 32,9%, ante 34,5%. A Azul veio em terceiro com 18%, ante 17,9%, seguida por Avianca, com 11,9% (9,7%).

 

Fonte: Brasil Econômico