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O Sindicato dos Comerciários de São Paulo, juntamente com a Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial promoveu um Café da Manhã da Igualdade Racial. O evento aconteceu na manhã desta quarta-feira (26), na sede do SENTRACOS (Secretariado Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços), em São Paulo.

Reunindo diversas pessoas que militam na área de igualdade racial, o Café foi a oportunidade de juntar trabalhadores e representantes do setor empresarial para debaterem os principais problemas que atingem a população negra do nosso país.

Com a participação do presidente e do vice-presidente do sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah e José Gonzaga da Cruz, Cleonice Caetano, diretora de Assistência Social e Previdência do Sindicato e Maurício Pestana, secretário municipal de Promoção da Igualdade Racial, o evento debateu, entre tantos temas, o acesso do negro no mercado de trabalho e os assédios moral e sexual. “O Sindicato já desenvolve diversas atividades nesse sentido, sendo a primeira entidade a incluir uma clausula referente a igualdade racial em Convenção Coletiva”, falou Ricardo Patah.

Referindo-se a um debate que participou no Ministério  Público Federal sobre assédio, Ricardo Patah enfatizou que o Sindicato tem 600 funcionários e, como em qualquer lugar, existem vários problemas, até as questões relacionadas aos assédios, moral e sexual, por isso da importância de desenvolver debates como o Café da Manhã da Igualdade Racial. “Esta é uma atividade onde podemos dividir as experiências que nós e as empresas aqui presentes adquirimos no combate a esse tipo de problema”, completa Patah.

José Gonzaga da Cruz, vice-presidente do Sindicato lembrou que a instituição já milita em prol da igualdade racial desde os tempos que a entidade era presidida por Rubens Romano e ressaltou que quando o sindicato assinou o acordo coletivo sobre as questões raciais, o governador Geraldo Alckmin esteve presente por se tratar de um termo de cooperação estadual. “Se quisermos um país justo, precisamos começar a fazer miscigenação nas contratações e nos locais de trabalho. Um exemplo disso que estou falando são os Shopping Center, locais que têm pouca gente da minha cor de pele e da minha idade, 62 anos, é algo quase impossível. Não é só a diversidade da cor, é o conjunto das dificuldades que precisamos enfrentar e vencer”, explicou Gonzaga.

Para Cleonice Caetano, somente pelo diálogo que será possível conscientizar as pessoas sobre as mudanças que são necessárias para mudar vidas, cidades os países para conseguir construir um mundo melhor para todos.  “Somente conhecendo a realidade da população que ainda vive na vulnerabilidade, será possível trilhar o caminho da igualdade”, comentou a dirigente.

“Sei que é difícil falar de igualdade e oportunidade enquanto ainda somos um povo que vivemos as margens da sociedade, que ainda somos avaliados pelo tom da nossa pele e quanto mais escura a nossa pele, mais difícil fica o ingresso no mercado de trabalho”, finalizou Cleonice.

Mauricio Pestana reforçou a importância do encontro e ressaltou que esta reunião foi um evento preparatório para o 3º Fórum de Desenvolvimento Econômico Inclusivo, que acontecerá no dia 09 de novembro, no Anhembi, em São Paulo.

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) se fez presente ao evento por meio de Cleide Evangelista e Cristiane Freitas, respectivamente, assessoras das pastas Assuntos da Diversidade Humana e Assuntos de Acessibilidade.