Honda vai avisar clientes de recall por aplicativo do Detran e carta em SP
18/07/2017
A fabricante de veículos Honda anunciou nesta terça-feira (18) que vai passar a notificar os clientes sobre recalls por meio do aplicativo do Detran-SP e cartas enviadas pela montadora. O convênio com o órgão estadual foi firmado no Centro Educacional de Trânsito Honda, em Indaiatuba (SP), para facilitar a localização e convocação dos proprietários dos veículos, motos e carros, que apresentam problemas.
A marca chegou a convocar 1,3 milhão de carros no Brasil e fez até chamada na TV para os proprietários só devido a um dos principais defeitos da fabricante, que envolve os "airbags mortais".
A medida de avisar os clientes será adotada para todos os recalls pendentes, desde 1997. A Honda estima que cerca de 600 mil automóveis e motocicletas nessa situação estão no estado de SP, aproximadamente 48%. Há baixa procura para fazer as alterações, que são gratuitas para os consumidores.
Dados compartilhados
A parceria com o Detran se dará a partir do compartilhamento de dados, nome e endereço. Os números dos chassis dos veículos da empresa que precisam passar por alguma alteração de peças e equipamentos de segurança, por exemplo, serão cruzados com a base de informações do órgão estadual.
Será possível, segundo a fabricante, identificar os proprietários atuais e seus endereços, para o envio das cartas.
Alertas via push
Para receber a notificação sobre recall no aplicativo, os clientes da marca precisam fazer o download da plataforma do Detran-SP no smartphone ou tablet, disponíveis para Android e iOS.
Recalls desde 1997
De acordo com o diretor do pós-venda da Honda, desde de 1997 foram feitas 27 campanhas de motocicletas e 31 de automóveis para recall. Os clientes devem comparecer a qualquer concessionária da marca para fazer o reparo, sem custos.
'Airbags mortais'
Mais de 30 milhões de veículos de diversas marcas foram chamados em recalls em todo o mundo por conta de airbags defeituosos. O equipamento de segurança foi fabricado pela empresa japonesa Takata, uma das maiores fornecedoras desse equipamento.
No Brasil, quase 2 milhões de veículos rodam pelas ruas com esses "airbags mortais". Até o final de junho, 17 pessoas morreram nos Estados Unidos e na Malásia.
O defeito faz com que o equipamento seja corrompido. Após longos períodos de exposição ao calor e à umidade, a "caixa" de metal que envolve o gás que faz o airbag abrir começa a trincar. Quando surge a necessidade de a bolsa abrir - no caso de uma colisão, por exemplo - a abertura se dá de forma violenta e a caixa se rompe, atirando estilhaços de metal contra os ocupantes.
Fonte: G1