Governo irá dividir R$ 7 bilhões do lucro do FGTS com trabalhador

09/08/2017


Mais de 95 milhões de brasileiros serão beneficiados com remuneração extra nas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) até o fim deste mês. A Caixa Econômica Federal dividirá R$ 7 bilhões em 240 milhões de contas de forma proporcional ao saldo que cada uma tinha depositado no último dia de 2016.

 

Esse valor corresponde à metade do lucro líquido do FGTS em 2016. O depósito já estava previsto em medida provisória aprovada em maio. Na terça-feira, 8, o presidente Michel Temer confirmou o valor que será dividido entre as contas, antecipado pelo Estado em maio. Está prevista uma cerimônia na quinta-feira, 10, para o anúncio da medida.

 

“Ninguém conta para a imprensa que na quinta-feira nós vamos anunciar R$ 7 bilhões do Fundo de Garantia para os trabalhadores brasileiros, fruto de uma nova remuneração”, riu, em fala a um público de executivos no Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), durante o lançamento de uma linha de crédito para loteamentos urbanos pela Caixa Econômica Federal. “E depois dizem que não nos preocupamos com o social.”

 

O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, afirmou que a distribuição de dividendos será feita a todos os trabalhadores que tiverem direito, ou seja, com saldo na conta do fundo no fim de 2016. Os recursos, distribuídos à população pela primeira vez, serão proporcionais ao valor existente em cada conta.

 

“A distribuição de dividendos do FGTS está prevista na mesma medida provisória que liberava o pagamento do fundo das contas inativas. O resultado do fundo ainda não foi fechado. Estamos finalizando os detalhes e as regras serão anunciadas na próxima quinta-feira”, explicou Occhi.

 

De acordo com o executivo, a Caixa terá de fazer o pagamento dos dividendos até 31 de agosto. As pessoas que tiverem contas inativas, conforme ele, poderão sacar os recursos. Quem for adquirir um imóvel e se enquadra nos requisitos exigidos também terá a possibilidade de abater esse valor no financiamento.

 

Fonte: Estadão