Região de Ribeirão Preto recebe primeiros cubanos do Mais Médicos

11/03/2014

As cidades com o maior e menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) recebem simultaneamente na quinta-feira (13) os primeiros profissionais do Mais Médicos, programa do governo federal que oferece médicos para atendimento na rede municipal de saúde.

 

Boa Esperança do Sul (301 km de São Paulo) e Araraquara (273 km de São Paulo) confirmaram que receberão um profissional cada uma. As duas cidades têm, respectivamente, o pior e o melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) na região.

 

Boa Esperança tem o IDH 0,681, considerado médio, de acordo com a última classificação divulgada pela ONU (Organização das Nações Unidas). O de Araraquara é de 0,815, considerado muito alto. O IDH mede a qualidade de vida da população.

 

O programa Mais Médicos tem como prioridade a distribuição de profissionais, de acordo com o Ministério da Saúde, entre cidades com o IDH mais baixo e também àquelas com alto percentual da população em situação de pobreza, conforme classificação do IBGE. Os municípios com os menores índices já foram atendidos, de acordo com o ministério.

 

Outras cidades da região também serão contempladas com o programa já nesta semana, como Barretos (424 km de São Paulo) e Matão (305 km de São Paulo), de acordo as secretarias de Saúde dos municípios.

 

Segundo os municípios, a confirmação foi dada por representantes do Ministério da Saúde, em uma reunião realizada na tarde de segunda-feira (10), em São Paulo.

 

O secretário de Saúde de Ribeirão Preto, Stenio Miranda, confirmou que a cidade enviou representantes para o evento, mas não soube confirmar se o município vai receber mais médicos já nesta semana.

 

Araraquara recebeu na semana passada seis médicos pelo Provab (Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica) e solicitou ao Mais Médicos um total de 23 profissionais.

 

De acordo com secretário de Saúde do município, Wilson Roberto Aravechia, os programas do governo federal ajudam a sanar o deficit de médicos na atenção básica.

 

"Os médicos não querem assumir o serviço público. O grande problema hoje é a remuneração", afirmou. De acordo com ele, Araraquara paga hoje R$ 6 mil inicialmente aos médicos em regime de 40 horas semanais de trabalho.

 

A secretária de Saúde de Matão, Mara Caparelli, disse que há um deficit de 15 médicos no programa de Saúde da Família no município.

 

O Ministério da Saúde disse que ainda não era possível confirmar a vinda de mais médicos à região.

 

Barretos afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que deve receber também nesta semana mais três profissionais pelo Provab.

 

Fonte: UOL