Inflação perde força em agosto e acumula alta de 6,49% em 12 meses, aponta prévia

20/08/2014

A prévia da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), registrou alta de 0,14% em agosto, após subir 0,17% em julho. O resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado consultados pela Agência Estado, que esperavam inflação entre 0,08% e 0,24%, com mediana de 0,14%.

 

Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumula taxas de 4,32% no ano e de 6,49% em 12 meses até agosto. Em julho, o IPCA-15 acumulou alta de 6,51% em 12 meses, ficando acima da meta do governo, de 6,5%.

 

O IPCA-15 mede a variação dos preços entre os dias 15 do mês anterior à pesquisa e o dia 15 do mês de divulgação. Já o IPCA, considerado a inflação oficial do País, mede a variação no mês cheio, do dia 1º ao dia 30.

 

Quatro dos nove grupos pesquisados registraram deflação em agosto. As famílias gastaram menos com alimentação e bebidas (de -0,03% em julho para -0,32% em agosto), vestuário (de 0% para -0,18%), comunicação (-0,10% para -0,84%) e despesas pessoais (de 1,74% para -0,67%).

 

O grupo alimentação e bebidas aprofundou o ritmo de queda nos preços na passagem de julho para agosto. Como resultado, as despesas com alimentação e bebidas passaram de um impacto de -0,01 ponto porcentual no IPCA-15 de julho para -0,08 ponto porcentual no IPCA-15 de agosto. O grupo foi o maior responsável por conter o aumento da inflação medida pelo indicador no mês. Em agosto, houve queda nos preços da batata-inglesa (-20,42%), tomate (-16,47%), feijão-carioca (-5,49%), hortaliças (-5,13%), óleo de soja (-3,17%) e feijão-preto(-3,11%).

 

Copa. Passada a Copa do Mundo, as diárias de hotéis voltaram a ficar mais baratas. Os preços baixaram 23,54% no IPCA-15 de agosto. O item exerceu o principal impacto para baixo na inflação do mês, uma contribuição de -0,13 ponto porcentual para a taxa de 0,14% do IPCA-15 no período. Como resultado, o grupo despesas pessoais passou de alta de 1,74% em julho para recuo de 0,67% em agosto.

 

A deflação no grupo só não foi maior porque os gastos com empregados domésticos aumentaram 1,28%, o segundo item de maior pressão para a inflação do mês, uma contribuição positiva de 0,05 ponto porcentual.

 

Já o terceiro maior impacto para cima no IPCA-15 de agosto foi das passagens aéreas, que subiram 10,27%, o equivalente a 0,04 ponto porcentual. O item exerceu ainda a maior pressão sobre os gastos com o grupo transportes, que saíram de queda de 0,85% em julho para aumento de 0,20% em agosto.

 

Fonte: Estadão