Uni Global discute práticas antissindicais da Rede Walmart

28/08/2014

Sindicalistas mundiais participaram de ação sindical e seminário internacional para discutir os problemas trabalhistas na Rede Walmart, nos dias 27 e 28 de agosto.

 

Na manhã do dia 28 de agosto, O Sindicato dos Comerciários de São Paulo participou de ação conjunta com a Uni Global em frente a uma das lojas da Rede, localizada na Avenida Pacaembu. A manifestação pedia o fim das práticas antissindicais cometidas pela empresa no mundo.

 

Participaram do ato as delegações internacionais e nacionais. A ação também teve a participação das três principais centrais sindicais do nosso País, UGT, CUT e Força Sindical, e de sindicatos de comerciários dos estados do Piauí e Sergipe e de Osasco, na grande São Paulo.

 

“Vamos combater a forma arbitrária desta grande empresa que se instalou em nosso País e no mundo. Estamos cansados de injustiças. Queremos trabalho decente para as pessoas que ajudam a enriquecer esse gigante”, disse Marinaldo Medeiros, diretor do Sindicato. 

 

“A UNI Global busca juntar os trabalhadores de todo o mundo em busca de poder e unidade para todos os trabalhadores”, disse a comerciária do Malawi, Zione Makawa.

 

“Trabalhamos duro e ganhamos quase nada. Seguiremos na luta até conquistarmos um trabalho decente”, disse Darlington Ndlovu, comerciário da África do Sul.

 

 “Queremos o respeito do WalMart por seus trabalhadores. Uma luta que não é especifica só de um país, mas do mundo”, disse o argentino José Oberto, presidente da Uni América no Setor do Comércio. 

“Quando nos unimos, temos o poder de fazer essa empresa mudar sua conduta”, disse o norte-americano David Mertz.

 

“Queremos que mude suas estratégias empresariais, respeitando os trabalhadores e seus direitos fundamentais”, disse Juan Francisco, comerciário do WalMart e secretário geral do Sindicato no Chile. 

 

 

 

 

Nos dias 27 e 28 de agosto os sindicalistas também participaram de seminário internacional para discutir os problemas trabalhistas na Rede Walmart, em São Paulo.

 

Organizado pela Uni Global, o encontro reuniu representantes sindicais do Brasil, África do Sul, Argentina, Chile e Reino Unido.

 

“A ideia é discutir as demandas mundiais e locais, organizar os trabalhadores e sindicatos das regiões onde o Walmart atua, a fim de elaborar ações conjuntas que os mobilizem por melhorias nas condições de trabalho, nas negociações coletivas e na resolução de conflitos”, disse Josimar Andrade, diretor do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e integrante da Uni Global. 

 

 

 

 

A Uni Global é uma união sindical internacional que representa 20 milhões de trabalhadores em todo o mundo. No setor do comércio, os sindicatos integrantes reúnem-se para elaborar políticas de enfretamento contra a Rede Walmart. 

 

O problema com o Walmart é antigo. O Sindicato dos Comerciários de São Paulo e a UNI Global lutam contra as práticas antissindicais da empresa.

 

 

 

Homenagem

Na tarde do dia 28, a programação encerrou com um minuto de silêncio em memória ao trabalhador Gustavo Becerra, colombiano que se suicidou em seu local de trabalho. Gustavo trabalhava em uma empresa de transporte de valores e passava por pressão laboral contínua, tinha depressão e fazia longas jornadas. A empresa se negou a reduzir seu horário de trabalho, mesmo após ser informada sobre a enfermidade do funcionário.