A UGT, as Eleições e a Democracia Brasileira

30/10/2014

As eleições presidenciais brasileiras transcorreram em paz, mostrando uma democracia em aperfeiçoamento constante. Promulgada em 1988, a nova Constituição permitiu-nos eleições regulares. São quase 30 anos de prática, porém tempo insuficiente, curto. Nossa democracia é ainda muito jovem, mas com progressos visíveis na forma de participação e representação.

 

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) tem menos tempo: 8 anos de vida. Também jovem, mostrou maturidade democrática. Internamente, venceu a pluralidade. A pluralidade já se tornou marca registrada de nossa entidade. Cada um de seus membros pôde escolher os seus candidatos, tanto aos cargos proporcionais quanto majoritários. Essa diversidade é nossa força!

 

As disputas do calendário político são extremamente importantes: aprimoram, fortalecem e são uma fonte inesgotável para o aprendizado democrático. Nas grandes democracias – e esse é o caso brasileiro – a disputa é apenas um processo, uma forma de escolha. Não há vencidos ou vencedores. Escolhe-se um projeto, um caminho.  Só o tempo mostra se o caminho escolhido foi o certo. Com a regularidade do calendário, erros podem ser corrigidos.

 

O Brasil é ainda um país por construir. Nossa central, uma das instituições nacionais, também está em construção. As eleições permitem a convivência entre contrários, a controvérsia sadia e a busca de consensos. No caso, consensos baseados em maiorias. Os resultados, de norte a sul e leste a oeste, são tangíveis, embora heterogêneos. É só olhar o mapa eleitoral que emergiu em 26 de outubro: plural e diverso, retrato dos contrastes brasileiros. Somos assim.

 

A UGT também tem essa característica bem brasileira. Sua pluralidade é exercida dentro dos limites da convivência democrática e, por isso, mantém-se unida, sólida e firme, buscando o seu destino. Destino respeitável e grandioso. A grandeza será irreversível. Vamos a ela!

 

Ricardo Patah