Atividade econômica tem contração de 0,8% no 1º trimestre

22/05/2015

A economia brasileira voltou a perder fôlego em março e encerrou o primeiro trimestre com contração, de acordo com dados do Banco Central, em um resultado que deve ser a tônica deste ano e indica a fragilidade da atividade no país.

 

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou bem mais que o esperado em março, 1,07%, na comparação com fevereiro, quando o indicador avançou 0,59% sobre o mês anterior. Esse dado foi revisado pelo BC de alta de 0,36%, em números dessazonalizados.

 

Com isso, o IBC-BR --espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB)-- encerrou o primeiro trimestre com queda de 0,8% sobre os três últimos meses de 2014.

 

No quarto trimestre passado, o PIB cresceu 0,3% sobre o período anterior, fechando 2014 com o crescimento mínimo de 0,1%, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

O resultado mensal do indicador do BC ficou bem pior que a expectativa em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,50% na mediana das projeções.

 

Na comparação com março de 2014, o índice caiu 2,70%, e em 12 meses acumula queda de 1,18 %, ainda em números dessazonalizados.

 

Vários setores da atividade econômica brasileira vêm mostrando desempenho pífio neste ano. Em março, a produção da indústria recuou 0,8% e fechou o primeiro trimestre com queda acumulada no ano de 5,9%.

 

Já as vendas no varejo, antes destaque da economia, caíram 0,9% em março sobre fevereiro e encerraram o primeiro trimestre com o resultado mais fraco em 12 anos.

 

Para especialistas, a contração econômica em 2015 é certa e a projeção na pesquisa Focus do BC é de queda do PIB de 1,20%. Esse seria o pior resultado em 25 anos e a primeira contração desde 2009.

 

O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos.

 

Fonte: Brasil Econômico