HSBC cobra maior taxa de juros no cheque especial, aponta Procon-SP

11/03/2016

Os juros do cheque especial tiveram alta no mês de março, segundo pesquisa do Procon-SP. Apesar de terem sido os únicos a não fazer reajustes, Santander e HSBC seguem com as taxas mais altas entre os bancos pesquisados (14,95% e 14,67%, respectivamente). 

 

Em comunicado, o HSBC afirmou que "pratica preços personalizados que podem variar de acordo com o perfil do cliente e relacionamento que o mesmo mantém com o banco".

 

Já o Santander contestou o levantamento, informando que "a taxa do empréstimo pessoal citada pela pesquisa corresponde à taxa máxima utilizada pelo banco, aplicada a uma minoria dos clientes".

 

De acordo com a instituição, a taxa média do empréstimo pessoal do Santander, segundo o último levantamento do Banco Central, é de 4,50% ao mês. "Quanto ao cheque especial, a tarifa é adequada às condições diferenciadas do produto: o Santander Master é o único que oferece dez dias sem juros a cada mês, além de permitir que os clientes parcelem o saldo devedor por metade da taxa”, diz o comunicado. 

 

O levantamento também envolveu Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Safra. Foram coletadas taxas vigentes em 4 de março.

 

A taxa média dos bancos pesquisados foi de 13,02% ao mês, superando em 0,23% fevereiro, que havia fechado 12,79%. 

 

Empréstimo pessoal

A Caixa Econômica Federal foi a única instituição financeira que alterou a taxa de juros do crédito pessoal, que passou 5,00% para 5,50% ao mês. Este valor representa uma variação positiva de 10% em relação à taxa de fevereiro. 

 

Entre os bancos avaliados na pesquisa, a taxa média foi de 6,48% a.m., o que signfica uma alta de 0,07 ponto percentual em relação ao mês anterior, que ficou em 6,41%.

 

Juros em 2015

A taxa do cheque especial chegou a 287% ao ano em dezembro, com alta de 2,1 pontos percentuais em relação a novembro. Na comparação com dezembro de 2014, a alta chegou a 86 pontos percentuais.

 

A taxa do crédito pessoal caiu 2,8 pontos percentuais para 117,6% ao ano.

 

Fonte: Brasil Econômico