Pequenos e médios empresários estão menos otimistas no terceiro trimestre, mostra pesquisa

17/07/2018


Os pequenos e médios empresários brasileiros estão menos otimistas neste terceiro trimestre. A confiança desse grupo recuou 3,09%, de 70,65 pontos para 68,46 pontos, na comparação com o levantamento que contemplava o período de abril a junho.

 

A queda no Índice de Confiança dos Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN), medido pelo Centro de Estudos em Negócios do Insper e pelo banco Santander, marca uma interrupção da melhora do ambiente de negócios observada ao longo deste ano. A confiança melhorou no primeiro e segundo trimestres.

 

O recuo pode ser explicado pela manifestação de maio dos caminhoneiros, que prejudicou todos os setores da economia, e pela incerteza com o quadro eleitoral.

 

"Antes do episódio da greve dos caminhoneiros, já havia um ambiente de menor otimismo", afirma o professor do Insper responsável pela pesquisa, Gino Olivares. "Com o episódio dos caminhoneiros, houve uma piora do cenário e os analistas revisaram para baixo as estimativas de crescimento."

 

Na passagem do segundo semestre para o terceiro, a maior queda na confiança ocorreu no Nordeste (-7,86%), seguido pelas regiões Sul (-6,39%) e Norte (-6,11%). O indicador na região Sudeste (-0,10%) ficou praticamente estável e no Centro-Oeste houve uma melhora (0,73%).

 

Os índices de confiança estão sendo analisados de perto pelos economistas. Eles funcionam como um indicador antecedente e, portanto, sinalizam como deve ser o desempenho da economia no futuro e, dessa forma, se o estrago causado pela greve dos caminhoneiros vai ser recuperado.

 

Vendas devem ficar estáveis

A pesquisa também apurou que a maioria dos pequenos e médios empresários espera pouca mudança no quadro das vendas no terceiro trimestre.

 

Para 46% dos empresários consultados, haverá estabilidade nas vendas, enquanto 42% esperam aumento ou aumento signficativo e 13% redução ou redução significativo nas vendas. Os dados do IC-PMN são coletados por meio de entrevistas telefônicas com 1.356 pequenos e médios empresários de todo o País, dos setores da indústria, comércio e serviços.

 

Fonte: G1