Empresas investem em tecnologia para cumprir Lei de Proteção de Dados

08/10/2018


A cerca de 16 meses da entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados, empresas começam a investir em tecnologia e treinamento para se adaptar às novas regras.

 

O Serasa Experian aportará cerca de R$ 7 milhões para adequar softwares e processos internos. A companhia já segue a lei europeia sobre o tema, segundo o CEO José Luiz Rossi.

 

“As legislações são bastante parecidas, salvo algumas nuances. Por isso, já estamos praticamente prontos”. 

 

O SPC Brasil também tem feito adaptações nos últimos meses. “Começamos a treinar nossas equipes já antecipando a sanção da lei”, afirma o superintendente de novos negócios Magno Lima.

 

A regulação é também oportunidade de negócio para o birô, que investirá R$ 20 milhões em uma plataforma de processamento de dados para auxiliar a adaptação de micro e pequenas empresas.

 

Essas companhias não conseguem fazer grandes investimentos em tecnologia e não têm capacidade técnica nessa área, afirma Lima.

 

Subsidiárias de multinacionais e empresas brasileiras que compartilham dados com  unidades na União Europeia são as mais preparadas, afirma Ricardo Barretto Ferreira, do escritório Azevedo Sette.

 

“As normas são as mesmas para todos, independentemente de atividade ou porte. Mas ainda falta regulamentação para detalhar as exigências”, diz.

 

O veto presidencial à criação de uma autoridade fiscalizadora é problemático para João Emílio Gonçalves, gerente-executivo de política industrial da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

 

”Ela teria um papel importante de disseminação de boas práticas durante a adaptação”.

 

Fonte: Folha de S.Paulo