Empresas de tecnologia se comprometem a combater notícias falsas na Europa

08/10/2018


Para escapar de maior regulação na União Europeia, empresas de tecnologia, como Facebook e Google, se comprometeram a aplicar medidas voluntárias para combater as notícias falsas. Existe a preocupação que as redes sociais sejam utilizadas para influenciar a próxima eleição para o Parlamento Europeu, em maio do ano que vem.

 

Para evitar que potências estrangeiras interfiram no pleito, como possivelmente aconteceu na eleição presidencial americana de 2016 e no referendo a favor da saída do Reino Unido do bloco europeu, a Comissão Europeia exigiu que o setor de tecnologia e a indústria de publicidade criassem um código de práticas eficiente ou enfrentariam ações regulatórias por não terem feito o suficiente para eliminar conteúdos enganosos ou ilegais.

 

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, a comissária europeia para assuntos digitais, Mariya Gabriel, destacou que Google, Facebook, Twitter, Mozilla e agências publicitárias responderam com uma série de medidas.

 

“A indústria está se comprometendo com uma ampla gama de medidas, desde a transparência na publicidade política até o fechamento de contas falsas e a desmonetização dos promotores de desinformação. E isso é bem-vindo”, afirmou Mariya.

 

Entre as medidas adotadas estão a análise mais detalhada da publicidade em contas e sites que difundem notícias falsas, a rejeição de pagamentos a esses sites, a ajuda aos usuários no entendimento sobre porque se tornaram alvo de anúncios específicos, distinção de anúncios do restante do conteúdo e o trabalho em parceria com agências de verificação de dados para a filtragem de notícias.

 

Fonte: O Globo