Salário turbinado, cursos falsos... As 5 mentiras mais comuns de candidatos

14/12/2018


Empresas e candidatos podem mentir no mercado de trabalho. Por um lado, as companhias podem inventar vagas para sondar como está o mercado de trabalho e as qualificações dos candidatos. Por outro lado, os profissionais fazem de tudo para fisgar a vaga e sair do desemprego, nem que para isso precisem turbinar o salário anterior ou inventar qualificações.

 

De acordo com Lucas Oggiam, gerente executivo da Page Personnel, consultoria global de recrutamento para cargos de nível técnico e suporte à gestão, não é só nas campanhas eleitorais que as informações falsas são estratégias de concorrência. O mercado de trabalho também registra esse comportamento, com características estratégicas similares. Candidatos, empresas e políticos podem mentir por razões idênticas: omitir deslizes de conduta, ocultar desconhecimento sobre temas específicos, melhorar a imagem perante públicos diferentes, aumentar as reais qualificações ou os níveis de experiência.

 

"Mas, na política e na carreira, quando a informação falsa é descoberta, o efeito colateral pode destruir ou ajudar a derrubar tudo o que foi erguido sob bases duvidosas", alerta.

 

Lucas Oggiam compilou 5 informações falsas comuns no recrutamento de profissionais em mais de 10 especializações de mercado, como engenharia, varejo e finanças:

 

Vagas falsas: anúncios para colher dados ou 'mapear' o mercado

Segundo Oggiam, em momentos de desemprego em alta, essa prática tem sido comum. Algumas empresas criam anúncios de vagas na internet que não existem. O intuito é apenas mapear o mercado, entender como está a demanda, quanto os profissionais estão pedindo de salários e benefícios. "Muitas vezes isso é feito de forma relativamente inocente, mas não é uma prática aceitável. Um anúncio de emprego deve, em primeiro lugar, oferecer uma oportunidade", diz.

 

Segundo ele, essa prática de sondar o mercado deve ser feita com o auxílio de uma consultoria especializada, ou de plataformas online com banco de currículos. Há também um risco maior com vagas falsas quando alguns aproveitadores têm a intenção de obter informações pessoais dos candidatos projetando eventuais golpes ou vender esse banco de dados para empresas.

 

Empresas e candidatos podem mentir no mercado de trabalho. Por um lado, as companhias podem inventar vagas para sondar como está o mercado de trabalho e as qualificações dos candidatos. Por outro lado, os profissionais fazem de tudo para fisgar a vaga e sair do desemprego, nem que para isso precisem turbinar o salário anterior ou inventar qualificações.

 

De acordo com Lucas Oggiam, gerente executivo da Page Personnel, consultoria global de recrutamento para cargos de nível técnico e suporte à gestão, não é só nas campanhas eleitorais que as informações falsas são estratégias de concorrência. O mercado de trabalho também registra esse comportamento, com características estratégicas similares. Candidatos, empresas e políticos podem mentir por razões idênticas: omitir deslizes de conduta, ocultar desconhecimento sobre temas específicos, melhorar a imagem perante públicos diferentes, aumentar as reais qualificações ou os níveis de experiência.

 

"Mas, na política e na carreira, quando a informação falsa é descoberta, o efeito colateral pode destruir ou ajudar a derrubar tudo o que foi erguido sob bases duvidosas", alerta.

 

Lucas Oggiam compilou 5 informações falsas comuns no recrutamento de profissionais em mais de 10 especializações de mercado, como engenharia, varejo e finanças:

 

"Promover é uma coisa, mentir ou ultrapassar o razoável é outra. Em pouco tempo os gestores vão perceber que a pessoa não tinha a experiência exigida pela vaga, e isso certamente vai gerar desgaste. A empresa investe dinheiro na captação de talentos. É óbvio que profissionais de todos os níveis hierárquicos vão se projetar diante de uma nova chance, mas isso não pode de forma alguma alterar o nível de conhecimento ou a experiência adquirida. A conta sairá cara", explica.

 

Oggiam afirma que é válido incorporar ao currículo viagens, cursos online, palestras, experiências de contato com influenciadores e profissionais consagrados do mercado. Mas descrever qualidades que nunca foram testadas ou "se vender" com uma experiência jamais vivida são práticas que vão gerar problemas.

 

Certificados e projetos duvidosos: quando comprovações não batem

Lucas Oggiam alerta: inventar certificados, omitir informações sobre a carga horária real de cursos, extensões ou experiências no exterior são mais comuns do que se imagina. Além da distorção em termos de experiência, há a presunção de que um certificado falso ou a suposta participação em um projeto que não condiz com a verdade vão ajudar na escolha da empresa na hora da contratação.

 

"A mentira ou distorção pode até ajudar nas palavras-chave do currículo, mas não vai sobreviver às entrevistas presenciais", diz.

 

Ele cita o caso de uma profissional que teve problemas com a reputação por apresentar certificados que não eram compatíveis com o conhecimento proposto e participações em projetos que não tinham a finalidade autopromovida.

 

"Ou seja, não vale a pena deslizar nesse quesito. É muito mais interessante o candidato descrever seus conhecimentos informais no currículo e explicá-los na entrevista presencial do que fantasiar com as certificações", finaliza.

 

Fonte: G1