Aumento no consumo de café no Brasil ajudar a conter queda de preços

07/02/2019


A boa evolução do consumo de café no Brasil é importante para todo o setor no mundo. A demanda interna brasileira inibe um crescimento ainda maior dos estoques mundiais. O Brasil é o segundo maior consumidor mundial, atrás dos Estados Unidos.

 

A OIC (Organização Internacional do Café) informou nesta quarta-feira (6) que, pelo segundo ano consecutivo, a oferta do produto será maior do que o consumo.

 

As previsões da entidade indicam uma produção mundial de 167,5 milhões de sacas na safra 2018/19. No mesmo período, o consumo será de 165,2 milhões.

 

Devido à demanda forte pela bebida, o superávit entre produção e consumo desta safra será de 2,3 milhões de sacas, abaixo dos 3,3 milhões da safra 2017/18.

 

A OIC aponta um crescimento médio mundial de 2,1% no consumo nesta safra, repetindo praticamente a evolução da safra anterior.

 

Já pesquisa encomendada pela Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) aponta um crescimento muito maior no país: 4,8%. Foram consumidos 21 milhões de sacas nos 12 meses terminados em outubro do ano passado.

 

A evolução do consumo, porém, ameniza mas não impede uma queda nos preços mundiais do café. A retração ocorre devido à maior oferta da commodity.

 

As exportações de novembro e de dezembro do ano passado, os dois primeiros meses desta safra, somaram 21 milhões de sacas, 15% mais do que em igual período do ano passado, segundo a organização mundial.

 

A produção brasileira de abril de 2019 a março de 2020 deverá atingir 58,5 milhões de sacas. A OIC prevê para o Vietnã, segundo maior produtor mundial, 29,5 milhões de sacas.

 

Os dados da Abic, referentes ao Brasil, apontam um crescimento constante da bebida. Nos 12 meses terminados em novembro passado, os brasileiros consumiram, em média, seis quilos de café em grão cada um.

 

A representante do setor brasileiro prevê uma evolução constante porque há uma procura maior por café em grão de qualidade, principalmente para o consumo fora de casa: cafeterias, escritórios etc.

 

Fonte: Folha de S.Paulo