Toyota confirma produção nacional de carro híbrido flex a partir deste ano

13/02/2019

O primeiro carro movido por gasolina, etanol e eletricidade será produzido no Brasil a partir deste ano, com lançamento previsto para o último trimestre de 2019.

 

A informação foi confirmada nesta terça (12) pelo presidente-executivo da Toyota para América Latina e Caribe, Steve St. Angelo.

 

O anúncio foi feito em São Paulo durante a apresentação de resultados da montadora no mercado nacional.

 

De acordo com St. Angelo, a marca emplacou pouco mais de 200 mil veículos em 2018 e prevê crescimento de 9,5% neste ano.

 

Embora a Toyota não confirme qual será seu modelo híbrido flex, as datas previstas coincidem com o lançamento da nova geração do sedã médio Corolla.

 

O sistema foi apresentado pela montadora japonesa em março de 2018. Na época, a empresa apresentou uma unidade do Prius capaz de rodar com gasolina, álcool ou eletricidade.

 

A base do novo sedã é a mesma do Prius.

 

Batizada de TNGA (sigla em inglês para nova plataforma global Toyota), permite produzir tanto modelos convencionais quanto híbridos na mesma linha de montagem.

 

A reportagem teve acesso ao novo Corolla híbrido em novembro, no Salão do Automóvel de Los Angeles. o modelo que chega ao Brasil neste ano tem estilo mais esportivo, o que não prejudica o espaço interno.

 

Enquanto os americanos podem comprar versões simples com motorização híbrida, essa opção deverá se restringir às configurações mais caras no mercado brasileiro.

 

Hoje, a versão topo de linha do Corolla, chamada Altis, custa R$ 119 mil.

 

A fábrica de Indaiatuba (interior de São Paulo) recebeu um investimento de R$ 1 bilhão em 2018. A unidade foi modernizada para poder produzir veículos sobre a plataforma TNGA. No futuro, um novo utilitário esportivo será produzido nessa base.

 

Ao todo, a montadora investiu R$ 2,6 bilhões nos últimos três anos.

 

Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil, afirma que a empresa está com as contas equilibradas no país, mas a operação não é tão rentável quanto no passado.

 

Para se tornar mais lucrativa e acelerar o retorno dos investimentos, a montadora busca aumentar as exportações. A Colômbia é um dos principais destinos dos carros da marca produzidos no Brasil.

 

Fonte: Folha de S.Paulo