Assédio no trabalho: cresceram as denúncias – e cresce também a nossa luta por respeito!
17/06/2025

O número de ações trabalhistas relacionadas ao assédio moral aumentou 28% entre 2023 e 2024, segundo o Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em apenas cinco anos, a Justiça do Trabalho julgou mais de 450 mil casos. E a realidade das mulheres é ainda mais alarmante: só em 2024, o Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu quase 1,5 mil denúncias de assédio sexual, um crescimento de 16,8% em relação ao ano anterior.
Esses dados escancaram uma realidade inaceitável: o ambiente de trabalho ainda é palco de violência, humilhações e discriminações que deixam marcas profundas — do adoecimento emocional à perda da produtividade, da autoestima ao emprego.
O assédio moral e sexual causa danos sérios à saúde mental dos trabalhadores e trabalhadoras, eleva o absenteísmo e desestrutura equipes. O auxílio-doença por transtornos de ansiedade aumentou 76% e já é a principal causa de afastamento no Brasil.
Frente a esse cenário, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, entidade com 84 anos de história, tem atuado de forma firme no combate a todas as formas de assédio, preconceito e discriminação no comércio paulistano. Acreditamos que o ambiente de trabalho deve ser seguro, saudável, respeitoso e livre de violências.
Entre nossas ações estão:
- Atendimento jurídico e psicológico gratuito às vítimas de assédio;
- Acompanhamento de denúncias e ações judiciais;
- Campanhas permanentes de conscientização e formação;
- Diálogo com empresas para implantação de políticas de prevenção e canais de denúncia eficazes;
- Fiscalizações e visitas aos locais de trabalho;
- Inclusão do tema nos Acordos e Convenções Coletivas, exigindo das empresas o compromisso formal com ambientes livres de assédio e discriminação.
“Não basta punir o agressor: é preciso transformar a cultura das empresas e valorizar quem trabalha com dignidade”, afirma Ricardo Patah, presidente do Sindicato.
É urgente que governo, empresas, sindicatos e sociedade civil atuem juntos para construir um mundo do trabalho onde ninguém tenha medo de ser quem é — e onde o respeito seja regra, não exceção.
Se você sofre ou presenciou assédio, procure o Sindicato. Você não está sozinho(a). Estamos aqui para lutar com você.