De loja em loja com os comerciários do Estado de São Paulo

Luiz Carlos Motta

Luiz Carlos Motta é presidente da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo, entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores (UGT)


14/02/2014

Com muito entusiasmo, retomei minha agenda de visitas às bases comerciárias de todo o Estado de São Paulo. Fiel à proposta da diretoria da nossa Federação e a uma das resoluções tomadas no Congresso Sindical Comerciário, estou investindo numa maior aproximação da Fecomerciários com os 68 Sindicatos Filiados e com a categoria em seus locais de trabalho. Em 2013, visitei 37 bases comerciárias. Este ano, reiniciei meu itinerário comerciário por Lorena (dias 27 e 28 de janeiro) e Campinas (dia 29).

 

Nestas duas ocasiões reiterei a posição contrária da Federação à Medida Provisória (MP) que visa a aplicação do chamado Contrato de Curta Duração. A iniciativa é nociva ao trabalhador porque altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

 

Receios

Nas entrevistas que tive a oportunidade de conceder durante as viagens e, como reforço neste espaço, esta MP permite contratações de até 14 dias num mês e 60 dias no ano, sem registro em Carteira. A desculpa do Governo Federal é a geração de contratações durante a Copa do Mundo, em prejuízo do cumprimento das leis trabalhistas.

 

Nas lojas de pequeno, médio e grande portes que tenho visitado, e atendendo às solicitações da imprensa, tratei, ainda, de um assunto igualmente preocupante: os “rolezinhos”. Comerciários, comerciantes e consumidores manifestaram a este presidente o verdadeiro receio contra estas aglutinações de jovens, combinadas pela Internet, que acontecem nos centros comerciais.

 

Liberdade

Tenho afirmado que apoiamos toda e qualquer forma de manifestação pautada pela liberdade, mas desde que seja pacífica e ordeira. Os “rolezinhos”, quando ocorrem com vandalismo colocam em risco a integridade física dos comerciários e das comerciárias, entre outros grupos de pessoas. A nossa categoria fica cara a cara com os manifestantes mais exaltados, por exemplo, quando vai baixar as portas das lojas. Como está em seu local de trabalho não pode sair em fuga para se proteger. Tem mais: com os fechamentos das lojas deixam de vender, fator que prejudica seus vencimentos, ainda mais os comissionistas.