Covas não dá prazos para reabertura e diz que fiscalização a comércios continua

28/05/2020


O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (28) que a cidade seguirá em quarentena e que não há prazo para adoção do plano de reabertura gradual da economia.

"Infelizmente ainda não viramos a página, mas pelos índices conquistados podemos falar em uma retomada tranquila e gradual. Discutiremos os protocolos para algumas atividades econômicas voltarem a funcionar", afirmou.

A cidade de São Paulo foi incluída na zona laranja da quarentena pelo governo João Doria (PSDB), após pressão da equipe de Covas. Com isso, a capital é a única cidade da região metropolitana que ficou fora da chamada zona vermelha, que não poderá reabrir comércio e escritórios.

A regulamentação da abertura depende dos prefeitos e Covas anunciou os moldes em que a reabertura se dará, sem cravar uma data específica. Segundo ele, à partir do dia 1º de junho, quando passa a valer o plano estadual, sua gestão passará a receber as propostas de protocolos de cada setor da economia, que precisam ser analisados e aprovados pela Vigilância Sanitária.

"Até lá, continuamos a fiscalizar o que é proibido de abrir, não apenas em relação a esses setores que são liberados na fase 2, mas aqueles que só podem reabrir na fase 3, 4 e 5", disse.

O tucano defendeu que os protocolos não vão partir do zero, mas tem como base as exigências estaduais e precisam atender a requisitos mínimos de saúde e higiente, como testagem, regras de autor regulação e fiscalização, políticas de comunicação das medidas adotadas e proteção aos consumidores e funcionários

“Todos os setores já combinaram protocolos com o estado de São Paulo, que são aqui na prefeitura os parâmetros mínimos a serem observados. Ou seja, a gente só vai discutir reabertura com parâmetros acima daqueles já combinados com governo do estado de São Paulo”, afirmou.

Covas vai distribuir 3 milhões de máscaras faciais na cidade durante o mês de junho. A prefeitura também prometeu fazer 115 mil testes rápidos na população, para tentar realizar o tucano chamou de um "inquérito sorológico" para tentar descobrir a quantidade de pessoas imunizadas (que contraíram o vírus e desenvolveram anticorpos).

Três hospitaisserão reabertos, o do Guarapiranga, da Brigadeiro e o Sorocabana, acrescentando assim à rede municipal de saúde 100 leitos de UTI para o tratamento de coronavírus — ainda 300 respiradores pulmonares enviados pelo governo do estado serão repassados ao município.

Fonte: Folha de S.Paulo