Brasileiro viaja pouco; falta de dinheiro é maior impedimento, mostra IBGE

12/08/2020


Mesmo antes da pandemia, o brasileiro mostrava frequência reduzida em viagens devido à falta de dinheiro para fazê-lo. Em um universo de 78,2 milhões domicílios, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apurou que em apenas 15,841 milhões, ou 21,8%, ocorreu viagem de algum morador no terceiro trimestre de 2019.

No restante dos 56,692 milhões de domicílios que informaram ausência de viagem no período, 48,9% declararam falta de dinheiro como motivo principal. É o que informou nesta quarta-feira o IBGE, no módulo sobre turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), referente a 2019.

O levantamento apurou um pouco do perfil do viajante brasileiro, e também daqueles que não viajaram, em cenário pré-pandemia. A questão de recursos escassos para deslocamentos fica evidente ao se aprofundar o universo de domicílios onde não houve viagens. Desse total, 82,9% tinham renda inferior a dois salários mínimos, e 17,1% declararam rendiment

O IBGE apurou ainda que, entre os 15,8 milhões de domicílios com viagens, 95,5% informaram até três viagens no período e, em 75,5%, prevalência de uma viagem.

De um total de 21,4 milhões de viagens em que o IBGE se dedicou a um aprofundamento para a pesquisa, a média de viagens por domicílio com viajantes foi de 1,5.

O brasileiro, em suas viagens, privilegia o aspecto pessoal, em vez de profissional, apurou ainda o instituto. Do total de 21,4 milhões de viagens detalhadas pelo instituto, 86,5% eram pessoais, e 13,5% profissionais. Nas pessoais, a maior parcela de entrevistados (37,7%) informou duração de dois a três pernoites; essa duração também foi a maior fatia registrada nas viagens profissionais (37,1%).
A pesquisa foi feita por meio de um convênio entre o IBGE e o Ministério do Turismo.

Fonte: Valor Econômico