Uma seleção de novas cafeterias que você precisa conhecer em São Paulo

21/06/2019


Conheça uma seleção de boas cafeterias abertas nos últimos meses na capital paulista – e saiba o que provar em cada uma delas

 

A ideia de remeter ao aconchego da casa de avós fica evidente logo quando se entra no Coffee Sweet Coffee, instalado numa residência de mais de 80 anos. Em seu agradável quintal, por exemplo, vale provar um dos cafés especiais servidos ali – muitos deles vindos de pequenos produtores. Para acompanhar o expresso (R$ 5/ R$ 12) ou o coado na prensa francesa (R$ 15), há ótimos doces, como o bolo gelado na xícara, feito com pão de ló de laranja, brigadeiro de cappuccino e chantilly (R$ 9). R. Barão de Tefé, 168, Barra Funda, 3596-2630. 11h30/19h (fecha dom.).

 

Bem abaixo do concorrido mirante do Sesc Avenida Paulista, dá para contemplar a cidade com mais calma, enquanto se aproveita o Café Terraço, no 17º andar do prédio. Para beber, há opções como o cappuccino (R$ 5,50) ou o chocolate quente com cardamomo, canela, cravo e anis (R$ 5), que vai bem com a chegada do inverno. Entre os salgados, faz sucesso a tostada de muçarela de búfala, tomate e pesto (R$ 8,50; foto), que pode ser seguida por doces como o saboroso bolo gelado de coco (R$ 4). Av. Paulista, 119, metrô Brigadeiro, 3170-0800. 10h/22h (dom. e fer., 11h/19h; fecha 2ª).

 

Num edifício tombado da década de 1940, o Coffee Stories – Modernista se inspira em Burle Marx, com ambiente colorido, descolado e muitas plantas (à venda) por todos os lados. A seleção dos grãos de café está a cargo do barista Pietro Santurbano. No momento, um café paulista, da região de Mogiana, é preparado em quatro métodos: o expresso e três coados (Aeropress, Clever e Batch Brew), que custam de R$ 5 a R$ 10. Já as comidinhas têm a consultoria da chef Joyce Galvão, como um caprichado tostex de banana com queijo, canela e pasta de castanha, no pão tipo brioche (R$ 14). Com tomadas e Wi-Fi liberados, o lugar tem ainda uma sala de reuniões (R$ 40, a hora), com direito a TV e garrafa de café coado. R. Major Sertório, 92, República, 3151-3552. 8h/20h (sáb., 9h/17h; fecha dom.).

 

O espaço destinado à cafeteria, no térreo da Japan House, foi reformulado e passa, agora, a ser comandado pela empresária japonesa Kyoko Tsukamoto. O novo Café Sabor Mirai chega com a proposta de privilegiar o café – mas nem por isso os tradicionais chás da cultura do país ficam de fora do cardápio. Entre os destaques, há um blend exclusivo, feito a partir de grãos especiais produzidos nas fazendas da Ipanema Coffees, em Minas Gerais, servido nas opções expresso (R$ 6) e coado (R$ 13). As comidas servidas ali variam conforme a sazonalidade dos ingredientes, mas há um menu fixo, que inclui opções como o sanduíche feito com pão artesanal, ovo, presunto, pepino e maionese especial (R$ 16). Em breve, a cafeteria ainda contará com uma linha de doces assinada pelo pâtissier Fábio Yamada. Av. Paulista, 52, metrô Brigadeiro, 3090-8900. 10h/20h (dom. e fer., 10h/18h; fecha 2ª).

 

RomeoRomeo é daqueles lugares cosmopolitas, que caberiam em qualquer lugar do mundo, com ambiente minimalista e destaque para o balcão de quitutes, onde também são preparadas as bebidas. Além do expresso (R$ 5), o menu lista 11 métodos de extração do café coado (R$ 10/R$ 18). Os grãos usados são rotativos e provenientes de várias regiões, como um suave e adocicado Catuaí Amarelo, do cerrado mineiro. As comidas também foram pinçadas de diferentes fornecedores, com a ideia de despertar “a memória afetiva”, conta o sócio Fábio Abdon. É o caso do bolo de banana (R$ 9) e do cookie fofinho com gotas de chocolate (R$ 10). Outros itens são feitos na casa, como o creme de ricota e as coberturas das torradas. Em agosto, a cafeteria deve abrir uma segunda unidade, no Beco do Batman, na Vila Madalena. “O conceito será o mesmo. O serviço, porém, será adaptado à dinâmica do bairro”, adianta Abdon. R. Bento Freitas, 126, República. 9h/19h (fecha dom.).

 

Não se deixe intimidar pela escadaria. O primeiro andar do prédio do Instituto de Arquitetos do Brasil abriga um salão cinzento, suavizado pelos vasos de plantas, que ganhou vida com a chegada do Bento 43. Grandes portas de vidro garantem a boa incidência de luz natural – e separam o salão do simpático terraço, com cadeiras de praia. Quem comanda o lugar são os mesmos donos das cafeterias Jardin e Quintal do Centro, na Vila Buarque. Preparados com grãos selecionados de uma fazenda mineira, os cafés da casa entram na composição de bebidas como o ‘Latte de Cookie’ (R$ 12; foto), à base de xarope de cookie, leite, uma dose de expresso e gelo. Já a seção de doces e salgados é abastecida por nomes de peso, como a torta de doce de leite com chocolate (R$ 13), da Casa Mônica Dajcz; a quiche de abóbora (R$ 15), da rotisseria Mesa III; e a empanada de jaca (R$ 11), da Saltenha & Cia. R. Bento Freitas, 306, República. 9h/19h (6ª e sáb., 9h/22h; fecha dom.).

 

Uma banca foi transformada em livraria e cafeteria, com mesinhas na calçada. É o Combo Café & Cultura, onde, a cada trimestre, diferentes escritores inspiram o cardápio. No momento, é servido o coado ‘Franz Kafka’ (R$ 10), do sul de Minas e de torra mais escura – ‘sombrio’ como a obra do autor. Entre os quitutes, tem cookie de chocolate (R$ 8) e pão de queijo da Serra da Canastra (R$ 8). Al. Franca, 1.154, Cerqueira César, 3081-1981. 10h/19h (fecha dom.).

 

Por enquanto, três dos quatro andares do Badaró Art Caffé estão abertos ao público, com proposta que une cafés exclusivos e vinhos, servidos em ambientes repletos de obras de arte. O cardápio traz desde sanduíches e antepastos até combos de café da manhã, como o saboroso ‘Kit Pinacoteca’ (R$ 29), com cappuccino, panini de peito de peru e queijo branco, e minipães de queijo de tapioca e coalho. R. Líbero Badaró, 408, Centro, 3106-0524. 8h/20h (fecha sáb. e dom.).

 

Café Artigas fica no pátio da antiga residência do arquiteto Vilanova Artigas, que virou, recentemente, um centro cultural. Assinado pelo chef André Galante, o cardápio contempla opções de lanche e almoço, com nomes que fazem referência ao modernismo – como o ‘Sanduíche Burle Marx’ (R$ 29), com legumes grelhados e queijo de cabra no pão ciabata. Já os cafés foram desenvolvidos pela premiada barista Silvia Magalhães, com grãos vindos do interior do Paraná, usados tanto no coado (R$ 11,50) quanto no expresso (R$ 6,50). R. Barão Jaceguai, 1.151, Campo Belo, 3854-5636. 10h/18h (sáb. e fer., 10h/19h; fecha dom., 2ª e 3ª).

 

Sob novo comando, a revistaria foi reformada e deu espaço ao agradável Blends Café & Cultura, com três ambientes, incluindo uma varanda onde pets são bem-vindos. Por lá, livros, jornais e agora também uma seção de presentes, com cafés especiais e utensílios. O amplo cardápio lista salgados, sanduíches, pratos, doces e várias bebidas quentes e frias à base de café – como o cappuccino cremoso com chocolate ou doce de leite (R$ 12), que faz boa companhia à torta de frango com requeijão (R$ 8) e aos bolos altos e bem recheados, como o de brigadeiro (R$ 14). R. Augusto Tolle, 1.029, Santana, 2281-9541. 7h/22h (dom., 7h30/22h).

 

Com uma programação marcada por exposições de arte contemporânea, cursos e palestras, o Adelina Instituto amplia suas atividades. Após abrir uma loja de design, inaugura, nesta 6ª (21), uma cafeteria. No ambiente do Café Adelina, que inclui um agradável jardim e espaço para pets, será possível provar opções de café da manhã, almoço, lanches rápidos e até happy hour, a partir de um cardápio que contou com a consultoria da chef Ana Soares. Entre os quitutes, tem as ‘empanaditas’, em versões como de ‘carne suave’ e ‘cebola e queijo’ (R$ 9), e o bolinho de fubá (R$ 5,50). Já os cafés são feitos pela Virginia Coffee Roasters, a partir do grão de um pequeno produtor do interior de São Paulo. Com diferentes métodos, o café coado sai por R$ 8 e o expresso, por R$ 6,50. R. Cardoso de Almeida, 1.285, Perdizes, 3868-0050. 8h/20h (sáb., 8h/16h; fecha dom.).

 

Outra boa novidade é o Flor Café, que ganhou sua terceira unidade, na Estação Pinacoteca – as outras duas ocupam a Pinacoteca e o Museu do Futebol. Em versão reduzida, o menu reúne, por exemplo, pão de tapioca com queijo da Canastra e tortinha de damasco (R$ 7, cada), para acompanhar o expresso Lavazza (R$ 5). Lgo. General Osorio, 86, metrô Luz, 3333-3838. 10h/18h (fecha 3ª).

 

MÉTODOS DE PREPARO

Muitas casas preparam os cafés em diferentes métodos. A barista Sílvia Magalhães explica o resultado na xícara.

 

Coado

Tradicional no País, faz uma bebida mais encorpada. Porém, se o filtro de tecido não for limpo corretamente, o resíduo dos óleos do café interfere no sabor.

 

Clever

O café moído e a água quente são misturados no filtro e o pó fica em imersão por alguns minutos. A bebida, coada na xícara, ganha intensidade de sabor.

 

Chemex

Com formato de ampulheta e um filtro específico, resulta em uma bebida muito saborosa, mais ou menos intensa, com boa acidez e sem amargor.

 

Aeropress

A bebida é extraída sob pressão depois de uma rápida infusão. Fica limpa e saborosa, podendo ser mais leve, como um coado, ou intensa, como um expresso.

 

Kalita

De fácil preparo, a extração é feita com um filtro de fundo plano, com três orifícios. O resultado é uma bebida muito ‘clean’ e com sabor bem balanceado.

 

Hario V60

O equipamento tem o interior em formato de espiral, o que proporciona uma boa extração do café coado com filtro: limpo, com sabor intenso e licoroso.

 

Prensa francesa

O café moído grosso é infusionado e extraído sob pressão. Faz uma bebida mais licorosa e oleosa, com residual intenso e sabor marcante.

 

Expresso

A máquina extrai muito mais do café, que deve ser moído fino. Na xícara, temos uma bebida bem mais encorpada e intensa em aromas e sabores.

 

Fonte: Estadão