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A Gol terá que pagar R$ 20 mil à família de uma criança que passou a noite sozinha no aeroporto de Guarulhos, mesmo tendo direito ao serviço de acompanhamento de menores de idade. Além disso, o passageiro chegou ao destino com 24 horas de atraso porque o voo da companhia aérea foi cancelado.

A mãe da criança, Izaura Mourão, pagou R$ 150 pelo serviço de acompanhamento para o filho de oito anos, que viajaria de Goiânia para Boa Vista, com escalas em Guarulhos e Brasília, para passar férias com familiares. O caso ocorreu em dezembro de 2018.

No entanto, em Guarulhos, o voo do menor de idade, previsto para às 20h30, foi cancelado. A empresa informou que só poderia realocá-lo em um avião que partiria no dia seguinte às 18h45. Segundo o advogado de Izaura, Léo Rosenbaum, após esperar por orientações da empresa, o menino e a funcionária que o acompanhava tiveram seus pedidos de acomodação, translado e alimentação negados.

Na madrugada, “a funcionária que acompanhava o autor [a criança] lhe informou que não poderia permanecer todo o tempo com ele, pois havia cumprido seu horário de trabalho, solicitando para que permanecesse sentado em uma poltrona [no aeroporto] aguardando por outra funcionária (…). Entretanto, nenhuma funcionária apareceu”, diz o desembargador Marino Neto.

O menor, que dormiu no aeroporto sozinho, foi encaminhado a um hotel apenas ao meio-dia após exigência da mãe. Os advogados da companhia aérea disseram que são “descabidas as alegações de falha na prestação do serviço” e que a mãe da criança teria “única intenção de se enriquecer às custas da Gol”, mas a Justiça considerou que a companhia não apresentou provas de que deu a assistência necessária.

Fonte: Folha de S.Paulo