Shoppings por 4 horas, bar a céu aberto: como o comércio deve abrir em SP

03/06/2020


O estado de São Paulo se prepara para uma abertura parcial das atividades econômicas, mesmo com os casos crescentes do novo coronavírus — até ontem, foram registrados mais de 118 mil diagnósticos da covid-19 e 7.994 óbitos, os maiores números entre os estados do país.

A proposta do governo estadual é limitar o número de pessoas em shoppings e comércios. O governador João Doria (PSDB) anunciou na última semana uma "retomada consciente", com protocolos específicos a serem seguidos pelos serviços. Federações e representantes de setores do comércio se posicionaram com propostas para o retorno do funcionamento das atividades.

Entre os protocolos, durante a chamada fase 2 (o governo estipulou fases para a reabertura, veja mais abaixo) constam a proibição de praças de alimentação em shoppings, capacidade limitada a 20% nestes estabelecimentos e funcionamento durante quatro horas. Já na fase 3, um pouco mais branda, bares podem voltar a funcionar, mas somente ao ar livre.

Como será a flexibilização na Grande São Paulo?

A despeito do plano de Doria, a cidade de São Paulo e sua região metropolitana terão seus mecanismos próprios para flexibilizar a quarentena. A Grande SP — que comporta 39 municípios e onde vivem mais de 21 milhões de pessoas — será dividida em cinco regiões. Apesar de a capital paulista se enquadrar na fase 2 da reabertura, nenhum serviço não essencial está funcionando na cidade por enquanto.

Covas condicionou a abertura a planejamentos enviados pelos setores da economia. Esses protocolos devem passar pelo crivo da Vigilância Sanitária, e os responsáveis precisam assinar um termo de cooperação com a prefeitura.

A Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) e a ACSP (Associação Comercial de São Paulo) afirmam já ter enviado à prefeitura seus protocolos de funcionamento.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que recebeu 54 propostas de associações que representam setores que podem reabrir durante as fases de flexibilização do isolamento.

"Entre os documentos recebidos 22 são da fase 2 [shoppings e galerias] e outras 32 sugestões são de entidades enquadradas nas fases 3 e 4 ou de serviços essenciais [bares e restaurantes, por exemplo]" diz a prefeitura.

"Caso tudo seja aprovado, haverá a celebração de um termo de compromisso com as entidades do setor analisado e os estabelecimentos relativos ao respectivo setor poderão retomar o atendimento presencial ao público, devendo cumprir com todas as exigências nele fixadas.".

A prefeitura não informou, no entanto, se há algum prazo para que a Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde) emita um parecer sobre as propostas.

Fonte: Agência Brasil