SP quer dobrar produção da vacina contra covid e espera exportar para América Latina

30/07/2020


O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira que o Instituto Butantã pretende dobrar a sua capacidade de produção da vacina Coronavac, atualmente na fase 3 de testes. O instituto tem capacidade de produzir 60 milhões de doses.

O governo se reuniu com mais de 200 empresários virtualmente para buscar doações ao instituto que possibilitem esse aumento de capacidade.

Doria afirmou ainda que instituições públicas e privadas de outros países latino-americanos procuraram o Instituto Butantã para buscar informações sobre a produção da vacina. A ideia é que o aumento de capacidade de produção do imunizante possibilite sua exportação para outros países.

Extremistas
Doria rebateu as acusações de que a vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto Butantã possa causar até a morte de quem a tomar.

"Além de não contribuírem em nada, propagarem o negacionismo, propagarem aglomerações, não usarem máscaras, não fazerem o distanciamento social, estimularem o consumo de cloroquina, ainda agora estão acusando a vacina, que vai salvar milhões de brasileiros, de poder provocar danos à saúde daqueles que vierem a ser vacinados", afirmou.

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O diretor do Instituto Butantã também afirmou que as afirmações são "absolutamente inverídicas" e explicou que o imunizante não é testado em pessoas dos grupos de risco neste momento (a terceira fase) porque não faz sentido expor essas pessoas ao risco do vírus.

Ele acrescentou ainda que a tecnologia usada pela empresa chinesa Sinovac no desenvolvimento da vacina já se comprovou segura em outros casos.

"É uma vergonha para o Brasil termos um grupo de extremistas que propaga este tipo de informação através das redes sociais, assustando principalmente a população mais vulnerável", completou Doria.

Fonte: Valor Econômico