Mesbla está de volta, mas só com vendas online
05/05/2022
Ícone do varejo de moda dos anos 1980, marca volta como
marketplace que vende de perfume a peça automotiva
A marca Mesbla está de volta. Um dos ícones do varejo de
moda do Brasil nos anos 1970, 1980 e 1990 agora retorna na versão online, como
um marketplace –um shopping virtual, que revende produtos de terceiros (os
sellers).
Antes com foco em vestuário, calçados e acessórios, a nova
Mesbla agora vende eletroeletrônicos, celulares, eletrodomésticos, móveis,
artigos de casa e decoração, perfumaria, brinquedos, livros e até peças
automotivas. São cerca de 250 mil produtos no endereço mesbla.com.
A iniciativa de trazer de volta a marca partiu dos irmãos
Marcel e Ricardo Viana. Especialista em logística, Marcel foi funcionário da
Mesbla, que fechou as portas em 1999. Ao lado do irmão Ricardo, advogado,
investiu cerca de R$ 500 mil para lançar o marketplace, com o direito de uso da
marca e da identidade visual no meio digital.
A campanha de lançamento teve início nesta terça-feira (3),
assinada pela agência carioca M2BR, que envelopou o metrô do Rio.
No seu auge, nos anos 1980, a Mesbla chegou a somar 180
pontos de venda no país, com 28 mil colaboradores. A hiperinflação até o início
dos anos 1990, porém, junto com algumas decisões equivocadas de mercado,
levaram a empresa a acumular dívidas de mais de R$ 1 bilhão e a pedir
concordata.
O empresário Ricardo Mansur, à época, dono do Mappin,
arrematou o controle da companhia em 1997 e pensava em unir as duas empresas.
No entanto, em 1999, a Mesbla foi à falência, junto com o Mappin.
Símbolo das lojas de departamento, o Mappin também foi
relançado no ambiente digital. A marca voltou à vida há três anos, em junho de
2019, sendo relançada pelos mesmos donos da Marabraz.
Os nomes, nostálgicos aos consumidores dos anos 1980 e 1990,
tentam surfar no crescimento do comércio eletrônico no Brasil, que faturou R$
218,9 bilhões em 2021, segundo pesquisa da consultoria NielsenIQ|ebit, em
parceria com a Bexs Pay. Considerando apenas os sites brasileiros, o
faturamento somou R$ 182,7 bilhões no ano passado, alta de 27% sobre 2020.
Fonte e Foto: Folha de São Paulo