Negociação entre a CONTEC e BB não teve avanços

21/08/2013

A primeira rodada de negociação entre a direção da CONTEC, entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores (UGT), com o Banco do Brasil da Campanha Salarial 2013, ocorrida na terça-feira (20), não registrou avanço nas reivindicações dos bancários. 

 

Logo no início da reunião os representantes do banco afirmaram que o atual acordo será prorrogado por trinta dias e que agora os funcionários cedidos terão acesso às Instruções Normativas (IN), atendendo a uma antiga reivindicação do Movimento Sindical. O acesso deverá ser pleiteado junto à DIREF. 

 

Na questão da saúde, sobre a cláusula que trata do PAS Adiantamento, a CONTEC reivindicou a não limitação de sessões para tratamentos psicoterápicos. O banco entende que o limite de duzentas sessões é o suficiente, mas que o assunto voltará a ser discutido com os representantes dos bancários. 

 

O Banco do Brasil negou a reivindicação de estender a pausa de dez minutos a cada cinquenta trabalhados para os caixas, alegando que atualmente as atividades desta função não são repetitivas em virtude da tecnologia implantada na área nos últimos anos. 

 

Sobre as folgas, a CONTEC afirmou que neste ano muitos funcionários que possuíam saldo de folgas foram obrigados a gozá-las, inclusive com ameaças de punição em caso de descumprimento. O banco argumentou que o acúmulo de folgas era muito grande e que realmente pretende diminuir esta acumulação. Ainda segundo a empresa, os funcionários devem gozar as suas folgas preferencialmente na semana seguinte à prestação dos serviços. A CONTEC apontou que muitos funcionários encontram dificuldades em usufruir das suas folgas em virtude da não concordância por parte de alguns gestores, uma vez que a sobrecarga de trabalho, aliada a gritante falta de funcionários é muito grande. O BB garantiu que não compactua com esta prática e que denúncias dever ser encaminhadas ao banco para apuração dos fatos. 

Outra reivindicação negada pelo banco foi o pagamento de um salário bruto na ocasião das férias além do 1/3 constitucional. 

 

O Banco do Brasil também sinalizou que pretende retirar do acordo a cláusula que prevê o descomissionamento somente após três ciclos de avaliação insatisfatórios na GDP. A CONTEC criticou duramente esta posição do BB, reiterando que não permitirá que a cláusula seja retirada do acordo, fato que seria um imenso retrocesso para o quadro funcional. “Vamos lutar bastante para impedir a retirada desta cláusula, pois se isso acontecer as perseguições, ameaças e descomissionamentos arbitrários vão fazer parte cada vez mais da rotina dos funcionários detentores de comissão”, afirmou o diretor do Sindicato e funcionário do BB Rogério Marques. 

 

Na próxima negociação o banco trará uma resposta sobre a reivindicação de se reduzir para um ano a trava para transferências e concorrências a novos comissionamentos. 

 

O banco concordou em renovar a maioria das cláusulas que já constam do atual acordo que versam sobre saúde e condições de trabalho, mantendo inclusive as atuais redações, salvo algumas pequenas exceções, que ainda necessitam de alguns ajustes em seu teor. 

 

Uma nova rodada de negociação com o Banco do Brasil está previamente agendada para o dia 30 de agosto, às 10 horas, em Brasília. Ainda nesta semana as partes confirmarão esta data.