UGT discute poder das multinacionais

23/09/2013


A Secretaria de Integração para as Américas da União Geral dos Trabalhadores (UGT), realizou o Seminário Internacional “Trabalhadores e Trabalhadoras: Construindo Estratégias Globais frente ao poder das Multinacionais”. O evento aconteceu nos dias 17 e 18/9, em São Paulo.

 

Abrindo o Seminário, o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, falou da importância da realização deste evento que discutiu a situação laboral dos trabalhadores das multinacionais, afirmando que ter conhecimento destas informações permitirá o fortalecimento dos dirigentes ugetistas na luta contra a precarização do trabalho. “Não podemos permitir que o Brasil, que tem a 6ª maior economia mundial, dependa da precarizaç& atilde;o dos nossos trabalhadores para crescer no cenário internacional”, e Patah deixou claro que a UGT não aceitará a aprovação do Projeto de Lei Nº 4330/04, que trata da terceirização, tal como ele está, principalmente permitindo a terceirização na atividade-fim, pois irá atingir direta e negativamente muitas categorias.

 

Para o secretário de Integração para as Américas, Sidney de Paula Corral, a realização deste seminário é importante para os sindicalistas ugetistas, pois abre as portas para o conhecimento do cenário internacional do trabalho. Corral destaca ainda, que neste mundo globalizado as ações não podem acontecer de forma isolada, e uma atuação conjunta com organismos e entidades sindicais internacionais fortalecem a luta contra a precarização e a defesa dos direitos trabalhistas.

 

Participando do seminário, o presidente da UGT-PARANÁ, Paulo Rossi, foi o moderador do painel sobre: "As cadeias produtivas globais e as negociações coletivas”, com os debatedores: professor Márcio Pochmann, do CESIT/UNICAMP (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, da Universidade de Campinas-SP) e Clemente Ganz Lúcio, do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) . O representante do DIEESE falou da necessidade dos sindicatos laborais promoverem a organização nos locais de trabalho como forma de fortalecimento das entidades. Já o representante do CESIT, Márcio Pochmann, foi incisivo em dizer que o movimento sindical precisa rediscutir seu papel na sociedade e, principalmente o atrelamento a tual ao governo federal. "Nos anos 80, a taxa de sindicalização era em média de 32% da massa de trabalhadores. Atualmente não chega a 20%. A UGT está de parabéns pela organização deste seminário, pois é preciso rever a forma de atuação dos dirigentes sindicais. A população precisa voltar a enxergar os sindicatos como a forma legítima de representação e de reivindicação dos anseios da classe trabalhadora".

 

O evento teve como parceiros o IPROS - Instituto de Promoção Social; O Instituto de Altos Estudos da UGT e a Friedrich Ebert Stiftung.