Empresários oferecem aumentos, mas querem tirar direitos

15/10/2013


Passados 45 dias da nossa data do dissídio dos Comerciários de São Paulo, os patrões continuam intransigentes, num total desrespeito aos trabalhadores. Em mais uma rodada de negociação, ocorrida na segunda-feira (15) na Federação do Comércio, os empresários não sinalizam com a possibilidade de negociação, pois na verdade só querem tirar os direitos da categoria, com mudanças no sistema de folga aos domingos e na jornada de trabalho. Em troca ofereceram 8% de reajuste, o que é insignificante diante do que vamos perder.

 

Não aceitamos perda de nossas conquistas. Exigimos, além do reajuste real – melhoria do piso salarial, vale refeição, PLR, cesta básica e auxilio creche, entre outros. Sabemos a importância, para a categoria, de colocar o vale refeição diário na Carteira de Trabalho e de garantir o valor maior de vale refeição já praticado pelas empresas determinando a adequação daquelas que pagam valor inferior.

 

Quanto à forma de garantir o Descanso Semanal Remunerado, DSR - até o sétimo dia de trabalho, o Sindicato deixou claro que o interesse maior é dos comerciantes em abrir aos domingos. Logo, se for necessário garantir mais 1 ou 2 DSR´s  mensais,  este deverá ser pago pela empresa  e não poderá o empregado “pagar esta conta”.


Assim, não foi aceita a proposta de folgas compensatórias como forma de escalonar os descansos. Uma porque folga compensatória não é DSR e outra porque resultaria em aumento de jornada de trabalho na semana para que o empregado tenha a folga, ou seja, o empregado estaria trabalhando horas a mais para pagar sua própria folga. 


O Sindicato continua fazendo paralisações todos os dias em vários estabelecimentos comerciais, com objetivo de forçar os empresários a negociar de maneira justa.