Votação do aumento de salário de PMs é adiada pela segunda vez

24/10/2013

Os deputados estaduais adiaram pela segunda vez a votação do aumento de 7% do salário dos policiais militares, civis, agentes e escolta, da Administração Penitenciária, aposentados e pensionistas.

 

Na votação de ontem (23), o plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo não obteve quórum para aprovar o projeto de lei complementar, que exige o voto favorável de 48 deputados. Na votação, foram obtidos 44 votos sim, 23 não e duas abstenções. A votação deve ser retomada hoje.

 

Na primeira votação, ocorrida na terça-feira (22), foram obtidos 36 votos sim e 16 não. As bancadas do PDT, PT e PCdoB e os deputados Edson Ferrarini (PTB), Oswaldo Vergínio (PSD) e Pedro Tobias (PSDB) votaram pelo não.

 

Ontem, os policiais militares aposentados e familiares acompanharam novamente a votação do aumento do salário da categoria. No dia anterior, um grupo de cerca de 800 policiais ocupou três plenários da Assembleia para pressionar a votação.

 

O reajuste foi anunciado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no mês passado, mas os policiais militares dizem que é pouco e pedem aumento salarial de 15% neste ano, e de 11% para o ano que vem.

 

"Queremos que o presidente da Câmara retire o projeto da pauta para que a gente abra novas negociações com o governo. Na prática, vai aumentar R$ 150 no salário de um soldado, isso ele ganha fazendo bico em um dia", afirmou Wilson Morais, presidente da Associação de Cabos e Soldados.

 

Como militares da ativa não podem participar de manifestações, eles são representados por PMs aposentados, parentes e pensionistas. Antes de ocupar os plenários da Alesp, os policiais saíram em carreata e fecharam vias como as avenidas Marquês de São Vicente, 23 de Maio e Pedro Álvares Cabral, o que provocou lentidão.

 

Os PMs também reclamam do aumento de 10,5% dado apenas para a Polícia Civil, que, segundo a categoria, quebra da paridade entre as polícias. Após pressão, o governo anunciou na semana passada uma série de medidas para valorização da carreira, mas os PMs apontam que não aborda a questão salarial.

 

"Mesmo ele [o governador Geraldo Alckmin (PSDB)] sendo injusto com a gente, somos nós que defendemos ele e a família dele do PCC", afirmou Morais.

 

Fonte: Folha de S.Paulo