São Paulo puxa alta do desemprego no país em setembro, diz IBGE

24/10/2013

A alta na taxa de desemprego em São Paulo puxou a elevação do desemprego no país em setembro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (24).

 

A desocupação na capital paulista aumentou de 5,4% para 5,8% entre agosto e setembro. A pesquisa abrange também as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

 

Além de São Paulo, a única capital que apresentou alta na taxa de desocupação foi Belo Horizonte, que viu o desemprego passar de 4,3% em agosto para 4,5% em setembro.

 

A taxa caiu em Recife, de 6,2% para 5,8%; Salvador, de 9,4% para 9,3%; e Rio de Janeiro, de 4,5% para 4,4%. Em Porto Alegre, ficou estável em 3,4%

 

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,4% setembro, leve alta em relação a agosto, quando registrou 5,3%. Em setembro do ano passado, a taxa havia ficado em 5,4%. A mínima recorde, registrada em dezembro do ano passado, é de 4,6%.

 

O baixo desemprego é um dos principais fatores para o bom desempenho do consumo nos últimos anos, embora tenha havido desaceleração em 2013. Ele também é uma das causas da inflação, que se mantém acima do centro da meta do governo há três anos e deve continuar elevada nos próximos anos.

 

O rendimento médio real habitual ficou em R$ 1.908,00 em setembro, o que representou avanço de 1% sobre agosto, e alta de 2% na comparação com setembro de 2012.

 

A massa de rendimento médio real habitual (R$ 44,7 bilhões) apresentou alta de 0,9% frente a agosto de 2013 e de 2,8% frente a setembro de 2012. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 44,5 bilhões em agosto de 2013) cresceu 0,9% na comparação com julho de 2013 e 2,4% na comparação com agosto do ano passado.

 

Pesquisas diferentes

Diferentes levantamentos medem o desemprego no país. Os números do IBGE, por exemplo, são bem menores que os do Dieese/Seade.

 

As divergências ocorrem por causa das metodologias diferentes adotadas. A principal delas é que o IBGE mede apenas o desemprego aberto, ou seja, quem procurou emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa e não exerceu nenhum tipo de trabalho -remunerado ou não- nos últimos sete dias.

 

Quem não procurou emprego ou fez algum bico na semana anterior à pesquisa não conta como desempregado para o IBGE.

 

O Seade/Dieese também considera o desemprego oculto pelo trabalho precário (pessoas que realizaram algum tipo de atividade nos 30 dias anteriores à pesquisa e buscaram emprego nos últimos 12 meses) e o desemprego oculto pelo desalento (quem não trabalhou nem procurou trabalho nos últimos 30 dias, mas tentou nos últimos 12 meses).

 

Fonte: Uol