Centrais se mobilizam para elevar piso em SP

04/12/2013

As centrais sindicais prometem mobilizar os filiados para tentar elevar o índice de reajuste que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) propôs para o piso regional no estado de São Paulo.

 

Os sindicalistas reclamam que o aumento de 7,18% previsto no projeto de lei que o governo encaminhou à Assembleia Legislativa é baixo e não atende a expectativa das categorias beneficiadas pelo mínimo estadual.

 

“Queremos negociar com o governo um aumento maior e também vamos organizar um ato em favor da mudança do índice. Temos de pressionar o governo”, disse Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores.

 

“O salário mínimo nacional e os pisos regionais e das categoria continuam sendo um importante instrumento de distribuição de renda, temos de valorizá-los”, acrescentou o líder da UGT.

 

Os sindicalistas reclamaram da falta de diálogo com o governo. As centrais tiveram uma reunião com a Secretaria Estadual do Trabalho e depois tiraram uma proposta de reajuste de 17,78% para o piso regional em 2014.

 

O percentual foi estimado com base numa fórmula do Dieese que leva em conta a inflação medida pelo INPC, a evolução do PIB (Produto Interno Bruto) do estado e o custo da cesta básica. Os dirigentes tinham a intenção de levar o pedido a Alckmin, mas foram surpreendidos com o envio da proposta oficial à Assembleia Legislativa.

 

“O governo não abriu negociação, chegou com uma proposta pronta muito aquém do que as centrais reivindicam. Precisamos nos mobilizar para mudá-la”, afirmou Douglas Izzo, vice-presidente estadual da CUT (Central Única dos Trabalhadores). O presidente estadual da Força Sindical, Danilo Pereira da Silva, disse que as centrais ainda tentam marcar uma reunião com Alckmin. “Também vamos entrar em contato com os deputados estaduais, para propor mudanças no projeto de lei”, explicou ele.

 

Para entrar em vigor em janeiro, a proposta tem de ser aprovada ainda em dezembro. Pelo projeto, os pisos das três faixas ficariam em R$ 810, R$ 820 e R$ 830. O secretário estadual do Trabalho, Tadeu Morais, elogiou o projeto, “Superamos mais uma vez o mínimo nacional”, disse.

 

Segundo ele, sete milhões de pessoas se beneficiarão com o piso no estado.