Apesar de venda recorde de iPhones, resultado da Apple frustra mercado

28/01/2014

A Apple anunciou nesta segunda-feira uma venda recorde de iPhones no primeiro trimestre fiscal de 2014 (de outubro a dezembro): 51 milhões de unidades. O número, no entanto, decepcionou os analistas de Wall Street, que esperavam uma comercialização de 55 milhões de aparelhos, principalmente após a temporada de descontos, que ocorre no final do ano nos Estados Unidos. O dado abaixo das previsões, segundo os especialistas, reflete a intensa competição com a rival Samsung.

 

O anúncio fez as ações da empresa de tecnologia mais valiosa do mundo despencarem cerca de 8% na Nasdaq, em Nova York, durante o after hours (negociação após o fechamento do pregão regular). 

 

A companhia também divulgou previsões piores que o esperado para este trimestre. A Apple agora prevê vender de US$ 42 bilhões a US$ 44 bilhões de janeiro a março - cifra que os investidores esperam que seja maior, principalmente devido ao recente acordo firmado com a China Mobile, maior operadora de telefonia chinesa. Wall Street projeta vendas de US$ 46 bilhões, na média.

 

O trimestre de março é especialmente importante por conta desta parceria com a China Mobile e o lançamento inicial na região. Então a projeção de uma receita menor foi um sinal preocupante. "Os resultados do trimestre de dezembro vieram bem, mas o real problema é a previsão para o trimestre de março", disse Brian Colello, analista da Morningstar.

 

As vendas de iPads também atingiram uma marca histórica, de 26 milhões, que ficou dentro das expectativas do mercado. Já a comercialização de computadores Macintosh alcançou 4,8 milhões de unidades.

 

A companhia reportou um lucro líquido de US$ 13,072 bilhões, contra ganho de US$ 12,078 bilhões no mesmo período do ano fiscal anterior. Já o lucro por ação alcançou US$ 14,50, de US$ 13,81 um ano antes.

 

A receita ficou em US$ 57,594 bilhões, de US$ 54,512 bilhões no ano anterior. Analistas ouvidos pela Thomson Reuters previam um lucro por ação de US$ 14,07 e uma receita de US$ 57,46 bilhões.

 

Fonte: Estadão