Nova classe C prioriza marca, e não mais preço

20/02/2014

"A classe C não quer preço, quer marca", afirmou o publicitário Luiz Lara, sócio da agência Lew'Lara/TBWA, durante o relançamento do Arena do Marketing, bate-papo sobre o universo publicitário promovido pela Folha e pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

 

Para Lara, que dividiu a Arena com o diretor-geral da graduação da ESPM de São Paulo, Luiz Fernando Garcia, sob a mediação do jornalista da Folha Morris Kachani, essa inclusão da classe C no mundo das marcas reforça ainda mais o papel da propaganda de informar, educar e entreter.

 

"A propaganda brasileira educa e forma cidadania. Ensinou crianças a escovar os dentes e donas de casa a usar máquina de lavar. Quanto mais você se informa, melhor a sua capacidade para decidir", disse Lara.

 

Na sua opinião, a publicidade, antes presa ao intervalo da programação da TV, está encontrando novos caminhos e interagindo com o consumidor em diferentes plataformas, seja na internet, seja no ponto de venda.

 

"A propaganda era uma intromissão; hoje, sobretudo com a internet, ficou mais divertida, mais relevante."

 

Para ele, o jovem que hoje vai às ruas cobrar do poder público melhorias no transporte e na saúde também exige das marcas que sejam mais verdadeiras e transparentes.

 

"O futuro é o capitalismo de valor compartilhado. Tem que haver equilíbrio entre o que você faz, diz e entrega."

 

Na sua opinião, o jovem é mais consciente de questões ambientais e sociais.

 

"O cidadão quer a Copa, mas também quer se manifestar quando vê a construção de um belíssimo estádio localizado em uma área pobre. O mesmo acontece com as marcas, quando não há coerência."

 

Fonte: Folha de S.Paulo