Prévia da inflação sobe 0,70% em fevereiro, aponta IBGE

21/02/2014

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, subiu 0,70% em fevereiro, ante alta de 0,67% no mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (21).

 

Para os dois primeiros meses do ano, a variação situou-se em 1,37%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 5,65%, perto dos 12 meses imediatamente anteriores (5,63%). Em fevereiro de 2013, a taxa havia sido de 0,68%.

 

Em fevereiro, o grupo educação teve alta de 6,05%, sendo responsável por 0,27 ponto percentual do índice. Esse resultado reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,65% e foram o item de maior impacto individual no mês, com 0,22 ponto percentual.

 

Os artigos de residência (de 0,49% em janeiro para 1,17% em fevereiro) e as despesas pessoais (de 1,31% para 1,19%) apresentaram os maiores resultados de grupo após educação. Os preços dos eletrodomésticos aumentaram 2,82% e tiveram forte influência nos artigos de residência, enquanto as despesas pessoais foram pressionadas pelos itens empregados domésticos (1,41%) e cigarro (4,74%).

 

O grupo alimentação e bebidas ficou em 0,52% frente a alta de 0,96% em janeiro, tendo em vista que os alimentos consumidos no domicílio passaram de 1,01% para 0,25%. Vários produtos importantes ficaram mais baratos, como a batata-inglesa (-10,66%), o tomate (-5,60%), o leite (-5,07%), o feijão carioca (-4,27%) e o frango inteiro (-1,04%).

Dois grupos tiveram queda: vestuário (de 0,59% em janeiro para -0,68% em fevereiro) e transporte (de 0,43% para -0,09%). As passagens aéreas, com -20,36%, exerceram o mais forte impacto para baixo no IPCA-15 do mês, com -0,11 ponto percentual.

 

Dentre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,95%), onde o aluguel residencial apresentou alta de 2,77% e empregado doméstico, 2,85%. Os ônibus urbanos (1,82%) e intermunicipais (4,36%) também pressionaram o resultado da região, refletindo os reajustes de 9,00% nos ônibus urbanos, em vigor a partir de 8 de fevereiro, e 5,77% nos intermunicipais, concedido em 13 de janeiro.

 

O menor índice foi o de Brasília (0,06%), em virtude da queda de 28,38% nos preços das passagens aéreas, que, com peso de 2,27%, causaram impacto de -0,64 ponto percentual.

 

O governo tem como meta manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%).

 

Fonte: UOL