Governador de São Paulo sanciona terceira faixa do piso salarial na sede da UGT

24/03/2014


O governador Geraldo Alckmin, sancionou, na manhã desta segunda-feira (24) na sede nacional da União Geral dos Trabalhadores  (UGT) no bairro da Bela Vista, região central de São Paulo,  a terceira faixa do piso regional em que se incluem os trabalhadores e trabalhadoras do setor da saúde. Essa faixa havia sido suprimida quando da regulamentação do piso regional, o que prejudicava sensivelmente milhares de trabalhadores paulistas, principalmente da área da Saúde.

 

O evento, que reuniu dirigentes ugetistas, vereadores, deputados estaduais e federais, dirigentes de diversos sindicatos e trabalhadores e trabalhadoras da saúde, entre militantes de outras categorias profissionais, ratificou o comprometimento do Governo Paulista com a classe trabalhadora e reforçou que a UGT, junto com os seus sindicatos filiados, vem intensificando ações em prol dos profissionais da saúde.

 

Segundo Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, esta é uma ação que influencia diretamente no setor econômico de São Paulo, principalmente porque evita que as empresas do ramo de saúde possam, de alguma forma, tentar diminuir o salário dos profissionais do setor e equipará-los ao Salário Mínimo nacional, menor que o praticado no Estado. “A meta da UGT é tentar avançar com a proposta de piso salarial regional para todos os estados da federação, com o apoio do governador Geraldo Alckmin, hoje essa luta se torna realidade, agora tentaremos ampliar esse projeto para outras regiões, como  no Estado de Goiás,  onde o Governo garantiu a UGT que irá implantar o piso regional”, explica Patah.

 

Alckmin ressaltou que esta é uma ação que busca fazer justiça à categoria dos profissionais da saúde, que cumpre um importante trabalho e a melhor forma de se fazer isso é desenvolver ações conjuntas com os trabalhadores organizados nos sindicatos, federações e centrais sindicais, por isso que a promulgação da lei do terceiro piso foi realizada, justamente, na sede da UGT. “Esta é uma atividade muito importante porque ela melhora a renda do trabalhador, e isso movimenta a economia, que nos últimos anos vem segurando a ‘peteca’ e ajudando o Brasil nos momentos de crise, então quanto melhor a renda do trabalhador, conseguimos melhor o mercado interno. Além de ser uma justiça social, pois São Paulo pode ter um piso maior que o Salário Mínimo,” explica Geraldo Alckmin.

 

O Salário Mínimo no Estado de São Paulo hoje segue três valores: R$ 810,00, para a primeira faixa, R$820,00, no segundo índice e a terceira faixa, R$835,00. Esses valores dependem de cada categoria profissional, mas nenhum profissional do Estado pode receber valor inferior à primeira faixa salarial.

 

Edison Laercio de Oliveira, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Campinas e Região (Sinsaúde), ressaltou que assim que soube com a aprovação do piso regional, a terceira faixa estaria de fora, imediatamente contatou o Deputado Barros Munhoz, o presidente ugetista Ricardo Patah, o secretário geral da UGT, Canindé Pegado e o Governador Geraldo Alckmin, que imediatamente começaram a resolver esse impasse. “Temos no Estado 600 mil trabalhadores da saúde na iniciativa privada e filantrópica, não que os trabalhadores recebam apenas o piso estadual, mas a saída desse piso faria com que a classe patronal descesse o patamar dos salários para o Salário Mínimo, fazendo endurecer nossas negociações. Mas para minha satisfação, o governador enviou imediatamente para a Assembleia o restabelecimento da terceira faixa,” conclui Edison.