Supermercados cobram mais pelos produtos do que o informado nas gôndolas

26/03/2014

Pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) nesta segunda-feira (24) aponta que cinco redes de supermercados em São Paulo —  Carrefour, Extra, Pão de Açúcar, Sonda e Walmart — apresentam diferenças de preços entre o exposto e o cobrado ou sequer possuem a informação do valor na gôndola.

 

Além disso, de acordo com o instituto, foram detectados problemas nos terminais de leitura de preços.

 

Segundo a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), casos de divergência de preço resultaram em 128 multas aplicadas a supermercados da capital paulista.

 

No Pão de Açúcar, dos 46 produtos verificados, 11 tinham preço maior do que o exposto na gôndola. A diferença maior foi de 31% do valor ofertado.

 

Por exemplo, uma lata de leite em pó anunciada por R$ 16,90 estava sendo vendida por R$ 22,15. O valor excedente foi estornado posteriormente.

 

Já no caso do Carrefour, quatro produtos dos 45 avaliados estavam mais caros, no entanto, o total dessas diferenças quase chegou a 50% com a soma de cada um. Isso ocorreu porque apenas um dos produtos apresentou um valor no caixa 117% maior.

 

Uma massa para lasanha anunciada por R$ 4,65 era vendida por R$ 10,09. Diferença de R$ 5,44, que foi estornada pelo supermercado.

 

Além da divergência de preços, a pesquisa do Idec enumerou produtos cujos preços não foram encontrados. O Extra liderou esse ranking com 44 produtos sem a informação.

 

Em seguida, está o Pão de Açúcar, com 29 produtos sem preço. No Carrefour, foram 19 artigos. No Walmart, foram 17 e no Sonda, 11.

 

Outro lado

 

Em nota, o Sonda afirma que possui equipes em lojas que fazem conferências dos preços diariamente por meio de coletores de dados.

 

Também destaca que possui projeto de implantação de etiquetas eletrônicas para que a troca de preços necessite menos da interferência humana. 

 

O Grupo Pão de Açúcar, responsável pelas redes Extra e Pão de Açúcar, informa que trabalha de acordo com os órgãos reguladores e também prevê a implantação de etiquetas eletrônicas em suas lojas. 

 

"Em eventual divergência de preço encontrada nas lojas do GPA, será registrado o menor valor, evitando qualquer tipo de prejuízo ao consumidor", acrescenta a empresa.

 

Já o Carrefour destaca que adota "rigorosos "procedimentos de conferência diária de preços nas gôndolas de suas lojas, de acordo com os valores cadastrados em sistema. "A rede oferece ainda terminais para consulta de preço via código de barras em todas as lojas, para facilitar a comparação de ofertas", destaca a rede varejista.

 

Por fim, o Walmart reforça que possui procedimentos internos que garantem a precisão dos preços dos mais dos 45 mil itens vendidos. Em relação à falta de precificação e divergência de valor apontado na pesquisa, a empresa afirma que está apurando as causas.

 

Fonte: IG