Spotify chega a 125 milhões de assinantes; audiência de podcasts cresceu 200%

10/02/2020


Spotify divulgou nesta quarta, 5, seu resultado fiscal para o quatro trimestre e comprovou a impressão de muita gente: os podcasts pegaram. Segundo a companhia, o formato teve um crescimento de audiência na plataforma de 200% no último ano - 16% dos usuários do serviço são ouvintes de podcasts. 

 

A empresa revelou também que já existem 700 mil podcasts em sua plataforma, e esse número deve continuar crescendo. O Spotify avisou acionistas e investidores que deve registrar prejuízos ao longo do ano por considerar que 2020 se trata de um período de investimentos no formato de podcats - a reação imediata não foi positiva e as ações da empresa tiveram queda de 5,29% antes da abertura do mercado nos EUA. Analistas estimam que em 2019, a companhia investiu cerca de US$ 500 milhões em podcasts.

 

Nesta quarta, o Spotify anunciou a compra do The Ringer, empresa de conteúdo que tem cerca de 30 títulos de podcats - o valor do negócio não foi revelado.

 

Dessa maneira, o Spotify voltou a ficar no vermelho depois de registrar o seu único trimestre na história de lucro.  O prejuízo no trimestre foi equivalente a US$ 230 milhões. Mesmo assim, o serviço registrou alta na base de assinantes e de usuários. Agora, 125 milhões de pessoas pagam para usar o Spotify, crescimento de 29% em relação ao mesmo período do ano passado. No trimestre anterior, cujos resultados foram divulgados em outubro de 2019, a base de assinantes era de 113 milhões de pessoas. A perseguição à Netflix como serviço de streaming com a maior base de assinantes continua: em janeiro deste ano, a empresa atingiu 167 milhões de assinantes

 

A vantagem do Spotify sobre rivais do mesmo segmento, porém, permanece alta. No mês passado, a Amazon revelou ter 55 milhões de assinantes no Amazon Music. A última vez que a Apple divulgou pos números do Apple Music, em junho de 2019, ela tinha 60 milhões de assinantes. Quando inclui os ouvintes da modalidade gratuita, o Spotify chegou a marca de 271 milhões de usuários, crescimento de 31% em relação ao mesmo período do ano passado.    

 

Para o próximo semestre, a companhia estima ter entre 126 milhões e 131 milhões de assinantes e prejuízo operacional entre US$ 71,5 milhões e US$ 126,6 milhões. 

 

Fonte: Estadão