Número de mortes de trabalhadores em supermercados saltou quase 50% entre 2019 e 2020
30/04/2021
Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), os trabalhadores do comércio varejista, principalmente aqueles que atuam em supermercado, aparecem em terceiro lugar num ranking de óbitos separados por setores profissionais. Os dados foram publicados na newsletter Lagom Insights, da Lagom Data.
Apesar dos dados terem sido divulgados a partir do primeiro ano da pandemia, o Caged não identifica as causas das mortes, somente aquele óbito que encerrou um contrato formal de trabalho.
Contudo é importante salientar que o número de mortes de trabalhadores nas áreas de transporte, serviços prediais, comércio e saúde saltou em média 50% em relação ao ano anterior.
Segundo Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo essa pesquisa é um dado lamentável que mostra a importância que o trabalhador comerciário tem para o combate a esse mal que já vitimou mais de 400 mil pessoas em todo o Brasil.
Patah ressaltou o trabalho que o Sindicato e a Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo estão realizando para enfrentar essa doença. “Estamos vivendo uma crise sanitária sem precedentes, em que de um lado precisamos ter ações efetivas para salvar vidas e de outro é necessitamos de ações concretas para manutenção dos postos de trabalho. Por isso, com o apoio incondicional do deputado federal e presidente da Fecomerciário Luiz Carlos Mota, foi apresentado no Congresso Nacional o projeto de lei 5480/20, que inclui os comerciários como prioridade na campanha nacional de imunização contra a covid-19”.
“Precisamos vacinar, vacinar e vacinar para retomar a nossa economia com toda a segurança para a população”, disse Ricardo.
“Os trabalhadores do comércio de alimento são verdadeiros guerreiros. Desde o início da pandemia forma incluídos como trabalhadores de serviços essenciais e estão, ao logo de todo esse tempo de pandemia enfrentando o vírus e superando seus medos para que o alimento tão sagrado nunca falte na mesa da população”, concluiu.
Veja o quadro abaixo:
