Comerciários de São Paulo realizam ato contra rede de lojas que desrespeita tanto o trabalhador quanto o consumidor

21/06/2016


O Sindicato dos Comerciários de São Paulo, entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores (UGT) realizou, na manhã desta terça-feira (21), um grande ato, simultâneo, em frente a rede de lojas MSP Collection, Irá Faschion e Dylos Collection. A ação foi motivada por conta de uma série de irregularidades que estão ocorrendo, entre elas, a realização de prática antissindical ao demitir Maria das Graças da Silva Reis, diretora do Sindicato.

 

Juntas, as empresas, que fazem parte de um único grupo, estão desrespeitando as Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ao pagar comissão “por fora” ao trabalhador, vender sem nota ou cometer o crime de meia nota, quando o consumidor compra um determinado valor, mas a loja lança no sistema uma quantia 50% menor do que foi realmente consumido, o que caracteriza sonegação fiscal. Além disso, estão praticando assédio moral, desvio e acúmulo de função, estão cobrando uniforme dos empregados, alterando horário da jornada de trabalho sem demudar na carteira de trabalho, entre outras.

 

“Somente essas questões já configuram crime contra a classe trabalhadora e contra o consumidor em geral, o que é grave e motivou o sindicato a realizar as ações”, explica Josimar Andrade, diretor de Relações Sindicais do Sindicato dos Comerciários.

 

Prática antissindical

Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a prática antissindical está vinculada aos princípios e os direitos fundamentais no trabalho e fere, diretamente, os direitos de liberdade sindical e de negociação coletiva.

 

“A companheira Maria das Graças da Silva Reis, que foi demitida, tem estabilidade de emprego e não pode ser demitida simplesmente por defender os interesses da categoria que ela representa”, explica Josimar.

 

Segundo o diretor, o Sindicato pretende realizar outras manifestações até que os representantes das lojas aceitem negociar com os trabalhadores, tanto em relação ao ajuste das irregularidades trabalhistas que foram cometidas, quanto pela readmissão de Maria da Graças. “Se não houver uma solução, o caso da prática antissindical será levada para as instâncias internacionais”, conclui Josimar.