Sindicato paralisa Walmart por melhores condições de trabalho

08/05/2013


Na manhã desta quarta-feira, 8 de maio, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, com apoio dos trabalhadores e de Entidades Sindicais de outras cidades, paralisou o Walmart Pacaembu, localizado à Rua James Holland, das 5h às 10h, em repúdio às denúncias de desvio de função, relógio de ponto quebrado, atraso no vale-transporte e carga horária excessiva, apresentadas pelos funcionários da empresa. 

 

“O problema com o Walmart é antigo e também atinge outras cidades. Um exemplo é Limeira, onde já houve paralisação. O ato de hoje é em solidariedade a todos os comerciários do Estado. Vamos fazer valer os direitos contidos na Convenção Coletiva de Trabalho”, disse o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah.

 

E o presidente da Entidade Sindical de Limeira, Paulo César da Silva, complementou: “Ações promovidas em conjunto pelos sindicatos do Estado ganham força. Se a empresa tiver interesse em resguardar sua imagem e garantir o direito dos trabalhadores, negociar é a melhor forma”.

 

Confiantes nos seus direitos, os trabalhadores do Walmart Pacaembu aderiram à paralisação. Alguns comentaram a situação, mas, por receio de perder o emprego ou sofrer algum tipo de represália, pediram que suas identidades fossem mantidas em sigilo. Veja o que eles disseram: “Quando o Sindicato exige que os direitos sejam cumpridos, a coisa muda de figura. Acho que agora a situação vai se resolver.” “Estamos desmotivados. Nosso ambiente de trabalho é muito conturbado e sem estrutura. Os caixas, por exemplo, não têm encosto nas cadeiras, o vale-compras só pode ser utilizado na própria loja, entre outras coisas. Há muito desrespeito.”

 

A manifestação aconteceu após o Sindicato convocar várias vezes o Walmart para resolver as questões trabalhistas, mas a empresa não compareceu.

No fim da manhã, o representante legal do hipermercado comprometeu-se a ir ao Sindicato no dia 10/05 para solucionar e garantir os direitos já firmados em Convenção Coletiva de Trabalho.

 

“Graças à garra desses trabalhadores, vamos buscar melhoras. Queremos a vitória da classe trabalhadora. Vitória de uma categoria regulamentada”, finalizou Patah.