Patah condena fechamentos dos shopping durante rolezinhos

29/01/2014

A questão dos “rolezinhos” foi discutida na manhã dessa quarta-feira (29) durante uma reunião no gabinete do ministro Gilberto Carvalho. Também estavam presentes a ministra da Cultura, Marta Suplicy e a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros. Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo participou da reunião representando os trabalhadores. Também estavam empresários ligados ao comércio em shopping centers.

 

A UGT e o Sindicato dos Comerciários de São Paulo acreditam que os “rolezinhos” são manifestações culturais legítimas da juventude e os tumultos que aconteceram são consequências das reações violentas dos seguranças dos estabelecimentos. Além disso, no primeiro rolezinho, em um shopping em Itaquera, com a presença de mais de 3 mil jovens não foram registrados incidentes, mas apenas uma tentativa de furto, fato que não é inédito no shopping, onde diariamente ocorrem tentativas de furtos nos estabelecimentos.

 

Por outro lado, o fechamento dos shoppings é muito ruim para os comerciários, que perdem vendas e comissões. Por isso, as entidades defendem que os shoppings e seus trabalhadores devem ser protegidos contra atos de vandalismo, mas nunca se deve deixar de respeitar a liberdade de expressão cultural dos jovens, mesmo porque, eles são consumidores de grande monta nesses centros de compras.

 

Para Ricardo Patah, o governo deve buscar novos espaços: “os jovens deveriam ter mais locais para se reunir e viver suas experiências. Essa rapaziada jamais poderia ter sua entrada barrada”.

 

Por outro lado, as manifestações políticas que usam os shoppings como palco não devem ser aceitas, mesmo porque essa não é a motivação dos jovens. 

Nesse momento, é imprescindível que as pessoas que trabalham nesses centros de compras, inclusive os seguranças, sejam treinados para se relacionar com os frequentadores, independente da classe social e da sua forma de vestir.