Diretora transexual de colégio público diz ter de

14/05/2013

Não há estatística oficial, mas a professora Laysa Machado, 41, gosta de dizer que é uma das únicas --senão a única-- diretora transexual eleita democraticamente no ensino público no país.

 

Há três anos, ela é diretora-adjunta de um colégio estadual de São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), e foi reeleita em 2011, mesmo diante da "resistência de uma minoria", segundo ela.

 

"Você tem que matar um leão por segundo. Se o hetero precisa ser o melhor, a diversidade tem que ser bilhões de vezes melhor", diz Laysa.

 

Arquivo Pessoal

 

Formada em história e letras, a professora concursada da rede estadual relutou antes de assumir a identidade. "Eu sublimava toda a minha angústia com os estudos."

 

Na cidade natal, no interior do Paraná, enfrentou rejeição da família e foi demitida do colégio católico em que lecionava sob acusação de "subversão" após sair em público com seu primeiro vestido, aos 27 anos.

 

Mudou-se para Curitiba, iniciou o tratamento hormonal e, quatro anos depois, fez a cirurgia de readequação genital. Hoje, é mulher inclusive em seus documentos.

 

No Colégio Estadual Chico Mendes, onde está desde 2004, diz que enfrentou preconceito até dos colegas de trabalho, o que, segundo ela, venceu aos poucos, às custas de trabalho.

 

"Ela sofreu, mas sempre mostrou que, em primeiro lugar, era uma educadora", conta a colega Gisele Dalagnol.

 

Fonte: uol