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O Sindicato dos Comerciários de São Paulo, por meio da secretaria da Mulher, parabeniza todas as mães por mais esta, simbólica, data em que se comemora o Dia das Mães. Tornou-se clichê, mas é sempre bom lembrar, que essa data é simbólica porque não temos que parabenizar as mães num dia específico, pois todo o dia é dia das mães.

Ser mãe é ter amor incondicional por seus filhos. É ser esposa, dona de casa, ter uma carreira profissional e trabalhar, muitas vezes em duplas ou triplas jornadas diárias, mas, acima de tudo, é ser mulher e não deixar de lado sua vaidade.

Muitos são os desafios que precisam ser enfrentados para que possamos viver numa sociedade justa e igualitária, principalmente em relação aos direitos das mulheres. Em pleno século 21, é inadmissível que ainda ocorram casos de violência doméstica, assédios morais ou sexuais, abusos no transporte coletivo e desigualdade no mercado de

trabalho.

Um exemplo disso é que vivemos em São Paulo, uma cidade que sofre sérios problemas de mobilidade e falta de creches. Quando uma mãe encontra vaga para seu filho, é preciso conciliar uma série de fatores para que ela possa trabalhar e sustentar sua família, entre eles os horários de entrada e saída das creches, distância entre a casa e o

trabalho, entre outros.

Se essa mãe trabalha em shopping, as dificuldades aumentam. Caso seu horário de trabalho seja das 16 às 22 horas, não há creches para as crianças e, como esses centros comerciais abrem nos finais de semana, também não tem nenhuma escolinha para deixar seus filhos.

O presidente Ricardo Patah e toda a diretoria do Sindicato participaram de uma reunião com o prefeito Fernando Haddad, onde foram debatidos os horários das creches, além de ser apresentadas algumas propostas de mudanças que visam facilitar o dia a dia das mães comerciárias.

Além de toda essa dificuldade, as mulheres ainda sofrem com uma grave desigualdade salarial em relação aos homens, com o elevado tempo que são submetidas a ficar em pé ou subindo e descendo escadas, entre outras situações que dificultam muito, principalmente, se essas trabalhadoras estão no período gestacional.

Mesmo assim, a mãe comerciária é uma verdadeira heroína, pois realiza seu trabalho antes, durante e depois de sua gestação sem prejuízo nenhum para a empresa e provando que não é porque é gestante que vai deixar de realizar o seu trabalho.

Diante desse quadro, o Sindicato está empenhado em buscar mudanças, tanto que já encaminhou para o Governador Geraldo Alckmin, um pedido de audiência para apresentar as reivindicações das mulheres que, entre elas, pede a exclusividade de um vagão, em trens e metrôs, para evitar os abusos sexuais que estão sendo cometidos nesses veículos.

Este é o objetivo da secretaria da Mulher do Sindicato que, diariamente, luta por igualdade salarial entre homens e mulheres, por jornadas dignas de trabalho, por justiça e ampliação dos direitos das mulheres em todos os setores da sociedade.