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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) optou, por unanimidade, manter a taxa Selic em 11%, sem viés, após reunião de dois dias que terminou nesta quarta-feira. A manutenção da Selic replica decisão que o BC tomou em maio, quando encerrou o ciclo de alta da taxa básica de juros, que se estendia desde abril de 2013.

Em nota, a autoridade monetária afirmou que, "avaliando a evolução do cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, neste momento, manter a taxa Selic em 11%".

O mercado já precificava a manutenção da Selic, e aposta que a taxa deve continuar no patamar de 11% pelo menos até a eleição presidencial, em outubro. Embora a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tenha estourado o teto da meta, de 6,50%, quando acumulou alta de 6,52% nos últimos 12 meses, de acordo com a última leitura de junho, a autoridade monetária acredita que a pressão inflacionária deve diminuir nos próximos meses em função da queda no preço dos alimentos e do efeito defasado do último ciclo de alta da Selic.

“O recente arrefecimento dos preços de produtos agrícolas no atacado deverá repercutir sobre os preços da alimentação ao consumidor nos próximos meses, que também devem ser impactados pelos efeitos defasados das ações de política monetária recentemente implementadas”, apontou o BC no último relatório de inflação, publicado no mês passado.

Votaram por essa decisão: Alexandre Antonio Tombini, Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques.

Fonte: Brasil Econômico