Com morte de Campos e cenário eleitoral incerto, Bolsa cai 1,5%

14/08/2014

O noticiário político tomou conta do mercado financeiro nesta quarta-feira, 13. A morte do candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, trouxe forte volatilidade à Bovespa e ao dólar, levando a uma onda generalizada de vendas que "maltratou" sobretudo de Petrobrás. No momento da confirmação do falecimento do presidenciável, a bolsa local atingiu a mínima do dia, com queda de mais de 2%, enquanto o dólar chegou ao patamar de R$ 2,29. 

 

Ao longo do dia os investidores começaram a digerir a notícia, o que ajudou a diminuir um pouco as oscilações. Mesmo assim, a Bovespa encerrou com recuo de 1,53%, aos 55.581 pontos. Petrobrás PN caiu 5,15% e Petrobrás ON, 4,98%, entre as maiores quedas do índice. Já o dólar avançou 0,13% e encerrou cotado a R$ 2,283.

 

Segundo operadores, o pregão foi todo contaminado pelas dúvidas sobre como ficará o cenário eleitoral sem a presença de Campos, com o mercado na defensiva. Para José Roberto de Toledo, coordenador do Estadão Dados e colunista do Estado, a morte de Eduardo Campos tem potencial para revirar o cenário eleitoral e político do País.

 

A hipótese mais cogitada é de que a vice na chapa de Campos, Marina Silva, será agora a candidata. E isso pode levar a disputa para o segundo turno de fato, mas pode atrapalhar a candidatura de Aécio Neves. Segundo o diretor de pesquisas para mercados emergentes do Eurasia Group, Christopher Garman, caso Marina Silva se torne a candidata do PSB à Presidência, fica dividida a disputa da oposição para chegar ao Palácio do Planalto. 

 

Fonte: Estadão