Comerciários na luta contra a homofobia

31/05/2013

O Sindicato dos Comerciários de São Paulo participou da 13ª Feira Cultural LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros), no dia 30/05, no Vale do Anhangabaú. É a sexta vez que a entidade está presente nesta ação.

 

“Este ano, além da distribuição de preservativos e materiais explicativos, o Sindicato produziu uma cartilha didática com mais de vinte termos relacionados a diversidade com o objetivo de esclarecer e conscientizar a população além de endereços úteis para saber dos direitos, legislação e onde denunciar a homofobia”, diz Cleonice Caetano, diretora de Diversidade do Sindicato.

 

A também diretora Cremilda Bastos complementa: “Estamos aqui para mostrar que o Sindicato é contra a homofobia e qualquer outro tipo de discriminação. Queremos uma sociedade mais justa e digna”.

 

A equipe do Sindicato também aproveitou a ocasião para fazer uma enquete com os trabalhadores do comércio presentes. “O objetivo é ter uma mostragem da participação do público LGBT no trabalho do comércio. Com esses dados, queremos correr atrás de mais políticas públicas e cláusulas nas convenções coletivas”, diz Cleonice.

 

Tainá Goés, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing (Sintratel), por exemplo, contou que, nessa categoria, há muitos trabalhadores LGBT. “Tanto nós, do Sintratel, quanto o Sindicato dos Comerciários, em parceria com a União Geral dos Trabalhadores - UGT, à qual somos filiados, queremos acabar com todo tipo de discriminação no mercado de trabalho. São Paulo é a maior cidade do País. No mínimo, ela tem que ser uma cidade livre.”

 

A comerciária Luciana Leslei, que é lésbica, foi ao estande do Sindicato buscar sua cartilha. “Eu nunca sofri discriminação no meu trabalho. Nem de cliente nem de colega. Mas é importante ressaltar que a postura do LGBT também conta muito. A pessoa tem que saber impor respeito sem querer chocar, simplesmente por ser humano como outro qualquer”, desabafou a trabalhadora de 25 anos.

 

A Feira LGBT, reuniu tendas de alimentação, moda, arte, esoterismo, entre outras, e foi até as 22h, com diversos shows e atrações musicais como Pepê e Neném e a cantora Corona. O público estimado foi de 200 mil pessoas. No domingo, 02/06, a festa continua com a Parada Gay, na Avenida Paulista. O Sindicato dos Comerciários de São Paulo, claro, estará lá.