Gasto com empregada doméstica sobe mais de 12% em SP

23/01/2015

Os gastos dos patrões da cidade de São Paulo com seus empregados domésticos avançou 12,3% neste ano em relação a 2014 – calcula o  Lalabee, calculadora on-line de gastos com esse serviço.

 

A conta leva em consideração o custo mínimo mensal com empregados domésticos na capital paulista. Entram nesse cálculo os reajustes do salário mínimo Estadual e do vale-transporte praticados recentemente. No período, o preço a ser pago pelos serviços de profissionais domésticos, nessa soma, saltou de R$ 1.130,26 para R$ 1.269,43.

 

Estão contidos aí apenas o salário mínimo líquido para uma jornada de 44 horas semanais, sem extras, já descontados 8% do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e 6% do vale-transporte do contratado (somente duas passagens diárias, de ida e volta, dentro da capital). 

 

O salário mínimo estadual de São Paulo saltou de R$ 810 para R$ 905, um reajuste de 11,7% – ou seja, empregados ou, a maioria dos casos, empregadas domésticas: prestem atenção se estão recebendo de fato o que merecem pelas horas de suor limpando a casa dos outros e trocando as fraldas alheias.

 

Por sinal, vale o toque: todos os direitos trabalhistas dos empregados domésticos – que só foram, assustadoramente, conquistados há pouco tempo no Brasil, com atraso secular – estão contidos na página do Ministério do Trabalho.

 

O dono do Lalabee, Marcos Machuca (o sobrenome dele está escrito corretamente) alerta para um dado preocupante: hoje, no Brasil, menos de 40% dos (as) domésticos (as), babás, copeiros (as), jardineiros (as), mordomos, motoristas ou qualquer outro trabalhador que atenda a famílias ou apenas a uma pessoa física no Brasil têm seus direitos básicos respeitados.

 

Aos patrões, outro dado, que desagrada carteiras, não somente corações: a elevação de custos com domésticos pode subir ainda mais neste ano. O pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço da categoria segue desregulamentado – lembra o dono do Lalabee. Se o benefício, finalmente, passar a valer, a conta terá de ser refeita. No entanto, tamanhas são as divergências jurídicas em relação ao tema que esse novo custo é, hoje, impossível de ser projetado – diz.

 

Fonte: Estadão