Principal obra antirrodízio deve começar em 2 semanas

20/02/2015

A principal obra para evitar um rodízio de água na Grande São Paulo em 2015 deve começar em duas semanas, segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

 

Trata-se da interligação, por adutoras, entre os sistemas rio Grande, braço da represa Billings, e o Alto Tietê.

 

A obra, de acordo com o governo paulista, será concluída no final de junho.

 

Com ela, o governo pretende inflar as represas do Alto Tietê com 4.000 litros de água por segundo e usar essa "sobra" para socorrer parte das moradias hoje abastecidas pelo sistema Cantareira.

 

Em entrevista ontem (19/2), Alckmin negou que já tenha sido definido um "gatilho" para adoção ou não de rodízio de água para a Grande São Paulo. "Não há nenhuma procedência nessa informação. Não há nem discussão sobre isso", disse.

 

Nesta quinta (19), a Folha revelou que, nas projeções do governador e da Sabesp, o rodízio de água será evitado se o Cantareira chegar a um patamar entre 13% e 14% no final de março e se obras para ampliar a capacidade dos reservatórios forem concluídas.

 

Dessa forma, seria possível manter um abastecimento mínimo no período seco que vai de abril até outubro.

 

As chuvas de fevereiro têm ajudado a recuperar parte dos volumes dos seis reservatórios de água da Grande São Paulo. O principal deles, o Cantareira, operou nesta quinta (19) com 9,5% de sua capacidade.

 

O sistema, porém, segue em situação crítica e teria de atingir um distante 20,3%, por exemplo, só para preencher duas reservas do fundo das represas (chamadas de volume morto) e voltar ao ponto zero de seu volume útil.

 

Em Piracicaba, a chuva do Carnaval trouxe de volta uma cena que não era vista desde fevereiro de 2012. O rio Piracicaba subiu para 4,4 metros --com 4,7 metros, há risco de transbordamento.

 

Em novembro, com baixa vazão, houve morte de peixes. Os rios afluentes, como o Jaguari e o Atibaia, também tiveram a vazão e o nível aumentados com as chuvas.

 

Fonte: Folha de S.Paulo