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Pelo menos uma pessoa morreu e várias ficaram feridas em um atentado terrorista na cidade de Saint-Quentin Fallavier, a 525 quilômetros a sudeste de Paris. 

O crime aconteceu por volta de 9h50 da manhã de hoje, no pavilhão logístico de uma empresa de gás industrial, que se situa entre as cidades de Lyon e Grenoble. A companhia é americana e é um dos principais especialistas do mundo em sua área.

Uma bandeira islamista foi encontrada ao lado de um corpo decapitado. Um homem de cerca de 30 anos foi interpelado e preso pela polícia, mas ainda não há informações sobre se se trata de um dos autores do crime.

O ataque teve início com uma explosão, que deixou feridos e causou um incêndio. De acordo com os primeiros testemunhos colhidos pelo jornal regional Le Dauphiné Libéré, pelo menos dois homens armados invadiram a sede da empresa Air Products. Um dos homens teria em mãos a bandeira islamista e teria reivindicado o atentado em nome do grupo terrorista Estado Islâmico.  

A região foi isolada pela polícia e pelo corpo de bombeiros.

Uma investigação formal foi aberta pela Direção Geral de Segurança Interior (DGSI), um dos órgãos de inteligência da França, por assassinato, crime organizado e terrorismo. O Ministério Público de Paris anunciou que assumirá o comando dessa investigação, orientando o trabalho da direção-geral. De acordo com uma fonte ouvida por Le Dauphiné Libéré, a DGSI estava em alerta máximo porque dispunha de informações de que um novo atentado de natureza extremista aconteceria em território francês.

Segundo o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, não há mais dúvida alguma de que se trata de um atentado terrorista. "Infelizmente, um novo atentado terrorista acaba de acontecer", afirmou o ministro em meio a uma visita que fazia pela manhã, informando: "Às 15h o presidente da república reunirá o Conselho de Defesa".

O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, deixou Paris e está a caminho do departamento de Isère, onde a cidade de Saint-Quentin se situa, para acompanhar as investigações e a caçada aos autores do crime.

Já o presidente François Hollande, que estava em Bruxelas para participar da cúpula da União Europeia, não compareceu na reunião da manhã. Ele retorna à Paris no início da tarde, horário local (cinco horas a mais do que em Brasília).

Fonte: Estadão